A Porto Editora editou dois cadernos de exercícios dedicados a crianças dos 4 aos 6 anos de idade: um deles é para rapazes, em tons de azul, com alusão a piratas e labirintos difíceis. O das meninas é cor-de-rosa, tem princesas e os labirintos são mais fáceis.
A denúncia foi deita pela associação feminista Capazes, através do Facebook, e a polémica rapidamente estalou: o “Bloco de Atividades”, indicado para crianças entre os 4 e os 6 anos, apresenta exercícios com um grau mais elevado de dificuldade para meninos e exercícios semelhantes com um grau de dificuldade mais baixo para meninas.
Na rede social, a associação feminista apressou-se a denunciar a editora: “Para as mentes brilhantes que o pensaram, meninas e meninos não podem realizar as mesmas atividades e para abrilhantar a coisa, as tarefas das meninas envolvem princesas à procura de coroas em labirintos básicos… já as dos meninos convocam marinheiros à procura de barcos em labirintos mais complexos”.
Também a Rede de Jovens para a Igualdade, associação sem fins lucrativos que se define como promotora do “mainstreaming de género na juventude” denunciou o caso nas redes sociais. Na sua página de Facebook, explica que se trata de um “estereótipo de género” que tem “um efeito limitador em toda a sociedade e em todas as idades mas que é particularmente perigoso quando influencia desta forma a educação”.
A Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG), também no Facebook, diz já estar a “analisar as referidas publicações, para agir em conformidade” e a professora Sara Falcão Costa deixou também o seu protesto nas redes: “Já sabíamos como a mesma editora descrevia mulher e homem no dicionário. Não aprendeu, apesar das reclamações”.
De acordo com a SIC, a Porto Editora não tem intenção de retirar os livros do mercado.
Segundo o Correio da Manhã, a Porto Editora justifica as diferenças com o facto de “um livro ter sido trabalhado por uma ilustradora e outro, por outra”.
“Em ambas as edições são trabalhadas as mesmas competências, na mesma sequência e com exercícios semelhantes. A diferença está na ilustração e na abordagem artística que as diferentes ilustradoras fizeram. E se há um exemplo em que o exercício no caso das meninas é aparentemente mais fácil, há vários outros em que os exercícios são aparentemente mais difíceis”, disse fonte da editora em questão.
Da mesma opinião é Luiz Gamito, presidente do Colégio dos Psiquiatras da Ordem dos Médicos, que acredita que as diferenças constituem, acima de tudo, uma questão de marketing, disse à Renascença.
“Se quem concebe os exercícios sabe à partida que as meninas gostam mais de um determinado tipo de exercícios, faz esses exercícios para que a adesão ao próprio caderno seja maior. E o mesmo acontecendo para os rapazes”, afirma, ressalvando que não conhece as atividades em concreto, propostas nos livros.
O Público adianta, por sua vez que, na análise dos dois livros pode se concluir que no conjunto das 62 atividades propostas, existem seis cuja resolução é mais difícil no livro dos rapazes e três que apresentam um grau de dificuldade superior no das meninas.
Mas a maior parte das atividades reproduzem uma série de velhos estereótipos. Apenas alguns exemplos: eles brincam com dinossauros, com carrinhos e vão ao futebol, enquanto elas brincam com novelos de lã, ajudam as mães e vão ao ballet; eles pintam piratas, elas desenham princesas. O universo caseiro do lar surge muito mais associado ao género feminino do que ao masculino.
“…Na sua página de Facebook, explica que se trata de um “estereótipo de género” que tem “um efeito limitador em toda a sociedade e em todas as idades mas que é particularmente perigoso quando influencia desta forma a educação”….”
A ideia deles era mesmo essa.
Os “donos do mundo” serão sempre representados por homens….porquê? Porque assim o querem, é transmitem esse sentimento de geração para geração.
P.s. Nada contra as mulheres, só a constactar um facto.
Só os parvos fariam um manual achando (porque pensar não sabem) que as meninas são mais estúpidas que os rapazes.
Os da porto editora ficaram especados num passado muito, muito remoto. Caparam a Língua Portuguesa e agora tentam amesquinhar a inteligência das mulheres.
Só espero que uma tal editora vá à falência urgentemente.
…e as empresas de construção civil, de saneamento, de construção de estradas, de pichelaria, de eletricidade, etc., vão à falência também, por faltam de mão de obra feminina…
… e os homens nada seriam ou fariam sem as mulheres…
A mão de obra feminina está em tudo o que o homem é e faz.
Os que menosprezam o primordial papel das mulheres na sociedade estão a renegar-se a si próprios.
Os homens são importantes para as ocupações “pesadas”. As mulheres são importantes para as ocupações sublimes.
Nada se faz sem os homens, mas tudo depende das mulheres.
Curiosamente, poder-se-ia dizer que é exactamente isso que os livros reflectem!
Isabel, aqui escreve uma mulher.
Há que reconhecer que homens e mulheres têm diferentes constituições físicas e que existem tarefas que os homens fazem muito melhor que as mulheres e vice versa.
O homem precisa da mulher e a mulher precisa do homem. Cada um com as suas diferenças físicas, mas iguais como seres humanos!
Já que estamos numa de eliminar a desigualdade de Género, porque não instituir as casas de banho unisexo para todos os generos e desabilitados, uma unica casa de banho polivalente! Vão à Suécia e vejam como se fáz!!!
Ah?!
Suécia?
Não faltam casa de banho uni sexo em Portugal!!
Tal como Ricardo Araujo Pereira demonstrou com muita categoria, esta noticia é fruto de mentes dementes, que só vem sexismo, machismo e outros ismos em tudo. Devem ir ao Psicologo ou psiquiatra para ver se está tudo bem com estas cabeças. Começo a não me entender com esta modernices. Vejam os video do programa governo sombra e vejam como a informação é manipulada.