A Câmara do Porto vai apresentar na próxima na segunda-feira um “novo sistema de comunicação gráfica”, que pretende consolidar a imagem da cidade e oferecer-lhe o seu “I love New York”, mudando sites, serviços e a cor verde do logotipo municipal.
“Vai deixar de ser verde”, adiantou hoje à Lusa fonte da autarquia, rejeitando a intenção de “mudar a imagem” da cidade e explicando o objetivo de interpretá-la graficamente: “Queremos uma imagem que, podendo ter variações e dinâmica, se consolide como a imagem do Porto. A Câmara quer oferecer à cidade o seu «I love New York», com as devidas distâncias. Mas será uma imagem aplicável à comercialização de produtos turísticos, por exemplo”.
Na mudança, que vai ser apresentada pelo presidente Rui Moreira um ano depois da vitória nas autárquicas de 2013 e vai estar visível para a cidade já na terça-feira, a autarquia gastou cerca de 40 mil euros, “menos do que custava anualmente a revista municipal” do anterior executivo, atualmente “suspensa” e com “200 mil euros previstos no orçamento para quatro edições”, adiantou a fonte da Câmara.
“A cor ou as cores” do novo logotipo, de cerca de 20 mil euros, permanecem em segredo até segunda-feira, num trabalho da autoria do gráfico portuense Eduardo Aires, que em 2012 venceu o um prémio Red Dot, no qual se distinguem alguns dos melhores trabalhos de design de comunicação do mundo.
De acordo com Nuno Santos, adjunto do presidente da Câmara e assessor de comunicação, o logotipo vai ter “a cor ou cores” que se considerou que, “neste momento, o Porto tem”.
“A intenção não é mudar a imagem ao Porto. É interpretar graficamente aquilo que é hoje o Porto e o Porto que queremos projetar nacional e internacionalmente”, descreveu.
Durante “meses de trabalho de bastidores”, Nuno Santos e o presidente da autarquia, quiseram resistir a “mudar apenas o logotipo”, revelou o assessor.
“O logotipo tem de ser a cara da cidade. Tivemos de perceber que o timing do logotipo não é político. É o sistema de comunicação da cidade, não o sistema de comunicação de um presidente de câmara”, vincou.
De resto, o processo vai mais além e inclui, por exemplo, novo site da Câmara, “mais moderno, com uma nova tecnologia e adaptadas a smartphones”.
O custo desta modificação rondou os 20 mil euros e a intenção é continuar a desenvolver o site “até ao fim do ano”.
O novo sistema abrange ainda a imagem dos serviços municipais de atendimento ao público.
“Este vai ser um processo gradual com respeito pelos dinheiros públicos. Não temos milhões de euros para mudar radicalmente a imagem da cidade de um dia para o outro. Mas as coisas estragam-se e, à medida que se forem estragando, vão sendo substituídas por outras com a nova imagem”, esclareceu Nuno Santos.
Mas, avisa, “a cidade vai acordar no dia 30 com sinais de que algo mudou”.
/Lusa