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Misericórdia do Porto entra no capital do Montepio

Jeremy Keith / Wikimedia

Edifício do Montepio Geral no Porto

António Tavares assegurou que a Santa Casa do Porto vai entrar com “um valor simbólico” de dez mil euros no Montepio.

O porta-voz de Rui Rio para a Solidariedade e Bem-estar, membro do conselho estratégico nacional criado pelo novo presidente do PSD é, também, provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto e presidente da mesa da assembleia geral do Montepio.

Os cargos de António Tavares não são incompatíveis. No entanto, face à oposição por parte do PSD à entrada da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) no capital do banco Caixa Económica Montepio Geral era de esperar, no mínimo, algum incómodo.

Ainda assim, o porta-voz assegura que não e garante que “uma coisa nada tem a ver com a outra”. “A oposição do PSD é sobre a entrada da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa no Montepio. Por outro lado, eu nunca fui chamado a pronunciar-me sobre isso. Se fôssemos por aí, ninguém poderia aceitar cargos de natureza política em Portugal”, disse ao Público.

O provedor e porta-voz de Rui Rio assegurou que a Santa Casa do Porto “vai entrar com dez mil euros” no Montepio. “É menos que o valor de um carro utilitário. É um valor simbólico”, disse, salientando a “importância do papel social” do Montepio e a “ligação natural” que pode haver entre instituições como a Santa Casa e este tipo de bancos.

Além disso, António Tavares também não vê nenhum problema no facto de o presidente da Santa Casa da Misericórdia do Porto decidir participar com dez mil euros numa instituição na qual é também presidente da mesa da sua assembleia geral, sendo ainda o futuro porta-voz do PSD para a Solidariedade e Bem-estar.

Porque é que haveria de ser um problema? As minhas opções nada têm que ver com a minha participação cívica e política em que apenas pretendo servir o país”, assegura ao mesmo jornal.

A presidência da mesa da assembleia geral do Montepio é “um cargo sem responsabilidades executivas”. Ainda assim, se no futuro vir que pode haver “algum incómodo ou incompatibilidade” nos cargos que ocupa, será “o primeiro a tirar as devidas consequências”.

ZAP //

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