Um grupo de idosas polacas organiza protestos, todas as semanas, para lutar pela democracia no país, governado pelo partido de direita nacional-conservador e democrata-cristão Lei e Justiça (PiS).
É hora de ponta em Varsóvia, capital da Polónia. Entre a confusão do trânsito e a pressa dos transeuntes, destaca-se um pequeno grupo colorido, composto por várias mulheres de terceira idade, a acenar bandeiras do arco-íris e da União Europeia.
Chamam-se Polskie Babcie, as “Avós Polacas” em Português, e, segundo a empresa de radiodifusão alemã Deutsche Welle, querem ser mais do que o cliché da avozinha que só faz pierogi (um pastel tradicional polaco), tricô e tomar conta dos netos.
Algumas destas mulheres já protestam regularmente há seis anos. Não gostam do rumo que o país está a tomar, sobretudo devido à governação do partido ultra-conservador Lei e Justiça.
Geralmente, quando surpreendidas pelos seus protestos nas ruas de Varsóvia, são as pessoas mais jovens que costumam mostrar a sua aprovação.
“Os jovens costumam aplaudir-nos. Há pouco tempo, uma rapariga veio ter comigo agradecer-me pelo que estávamos a fazer. Disse que, graças a nós, se sentia segura”, disse à DW Krystyna Piotrowska, que está quase a fazer 70 anos.
No outro extremo, entre pessoas mais próximas da sua idade, as reações não são tão positivas. “É mais comum ouvirmos palavras desagradáveis”, declarou a polaca, acrescentando que também já houve casos em que lhes tentaram arrancar a flâmula.
Porém, isso não são motivos suficientes para se deixarem intimidar. “O que me impulsiona é a raiva. Pode ter má fama, mas é necessária para se agir“, explicou ainda a manifestante que, para além de avó, já tem três bisnetos.
Segundo a Deutsche Welle, inicialmente, as “avós polacas”, que têm como lema “a força dos impotentes”, só se juntavam para protestar contra situações concretas. Agora, fazem-no todas as semanas e cada uma se concentra numa determinada causa. Anna Łabuś, de 77 anos, por exemplo, luta contra aquilo que diz ser o “aniquilamento da Constituição”.
“Não sou capaz de ficar descansada em casa, dói-me ver cada uma das violações dos nossos direitos. A União Europeia devia prestar mais atenção às verbas que estão a chegar à Polónia e impor condições, para que o nosso país volte a ser um Estado de direito”, afirmou.
A principal luta destas mulheres é para que, no futuro, os seus netos possam viver numa Polónia democrática. “Eu provavelmente não vou estar viva quando a minha neta for grande”, comenta Iwonna Kowalska, de 67 anos, presidente das Polskie Babcie. “Por isso, para mim, é importante ficar na memória dela como alguém que lutou pelos seus direitos.”
Tal como recorda a DW, esta polaca cresceu durante a ditadura comunista (1945-89). Na altura, muitos da sua idade lutaram contra o sistema para viver num país democrático e livre. “Em 1989, nós pensávamos: ‘Agora temos uma democracia e vai ficar connosco para sempre.”
“Mas agora vemos que a democracia é algo que se pode simplesmente dispersar com um sopro. Quando não se cuida dos valores fundamentais de uma sociedade, pelos quais todo a gente deveria lutar, pode acontecer que, de um momento para o outro, a democracia deixa de existir”, lamentou.
O PiS defende valores muito conservadores e voltados para a Igreja Católica. Nos últimos tempos, por exemplo, tornou o aborto praticamente impossível e proibiu os homossexuais de adotar crianças.
Democracia é a força da maioria. A Polónia é um país verdadeiramente democrático, que defende a vontade popular, contra o autoritarismo e agenda globalista da união europeia. Fazem falta mais Polónias na Europa, dito por um ateu.
???
Heheheee…
Polónia e “país verdadeiramente democrático” na mesma frase?!
Tu não fazes a mínima ideia do que se passa na Polónia, pois não?
És ateu e completamente leigo!…
Afinal os Polacos parecem gostar de quem tem “mão de ferro” , só vão trocando de extremos…..