Polícias chineses fingiram ser clientes do Uber para prender os condutores

A polícia de Hong Kong deteve cinco condutores da empresa norte-americana Uber na antiga colónia britânica, onde na terça-feira fez buscas as instalações da empresa de veículos com condutor, segundo o South China Morning Post.

Os condutores, com idades entre 28 e 65 anos, foram detidos no âmbito de uma operação em que agentes se fizeram passar por clientes e contrataram os serviços da empresa em vários locais de Hong Kong.

Depois de realizarem os percursos até ao destino final, na ilha de Kowloon, os condutores foram detidos por fornecerem serviços de transporte sem licença e por não disporem de seguro adequado, segundo o jornal publicado em língua inglesa.

Os cinco indivíduos foram depois libertados sob fiança e os automóveis foram apreendidos.

A polícia fez também rusgas nas instalações da Uber na ilha de Hong Kong, em Cheung Sha Wan Road e Sheung Wan, e interrogou três funcionários, que segundo o diário terão sido detidos, desconhecendo-se se entretanto foram libertados.

Os agentes levaram computadores e documentos dos escritórios.

Acreditamos que há provas suficientes para processar os condutores“, disse o inspetor-chefe da unidade de tráfego da polícia, Bruce Hung Hin-kay, citado pelo jornal.

A operação decorreu entre crescentes pressões por parte dos taxistas de Hong Kong para pôr fim aos serviços como os prestados pela Uber.

No interior da China, as autoridades fizeram buscas aos escritórios da Uber em várias regiões do país, como como Chengdu, capital da província central de Sichuan, ou Cantão, no sul.

Entretanto, a Didi Kuaidi, empresa responsável por uma popular aplicação móvel chinesa de busca de táxis, que funciona de forma similar à Uber, conseguiu um financiamento de 1.800 milhões de euros, segundo a empresa anunciou no início de julho.

A Didi Kuaidi domina o mercado chinês dos serviços móveis de busca de transporte, com uma quota de mercado de 80%, em detrimento da Uber, apesar dos planos de expansão da companhia norte-americana e da sua aliança com o principal motor de busca chinês, Baidu.

/Lusa

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.