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Agente policial de Atlanta demitido após abater a tiro jovem negro

Erik S. Lesser / EPA

Um agente da polícia de Atlanta, nos Estados Unidos, foi despedido, este sábado, depois de um jovem negro ter sido morto a tiro pelas forças policiais.

Este anunciou surge na sequência da demissão da chefe da polícia de Atlanta, Erika Shields, após a morte de Rayshard Brooks, de 27 anos, que desencadeou uma nova onda de protestos em Atlanta, após as turbulentas manifestações que se seguiram à morte de George Floyd terem acalmado.

O oficial agora demitido foi identificado como Garrett Rolfe, que foi contratado em outubro de 2013, e o oficial colocado em funções administrativas é Devin Bronsan, que foi contratado em setembro de 2018.

O caso foi captado em vídeo e circulou rapidamente nas redes sociais. O serviço de polícia divulgou igualmente imagens das câmaras corporais.

Rayshard Brooks morreu na sequência dos disparos da polícia, na noite de sexta-feira, junto a um restaurante drive-thru (onde se compra comida sem se sair do automóvel).

A polícia tinha sido chamada ao local devido a uma queixa de que um homem estava a dormir dentro de um carro no restaurante e a bloquear a passagem de outras viaturas.

Segundo a força de segurança, os vídeos mostram que o homem tentou lutar com os agentes quando o tentaram prender e que conseguiu tirar um “taser” (arma que emite uma descarga elétrica) a um deles. O homem terá depois tentado fugir e foi alvejado quando se voltou e terá apontado o “taser” ao agente.

O procurador da comarca de Fulton, Paul Howard, disse que já foi iniciada uma investigação “intensa e independente” do caso.

Este sábado à noite, manifestantes atearam fogo ao restaurante onde Brooks foi fatalmente atingido. A demissão da chefe da polícia aconteceu pouco depois de ativistas locais terem exigido a renúncia de Erica Shields e de dezenas de pessoas se terem manifestado em Atlanta.

O debate sobre a violência policial contra a comunidade negra reacendeu-se depois da morte de George Floyd, afro-americano, de 46 anos, que morreu a 25 de maio, em Minneapolis, no Minnesota, depois de um polícia lhe ter pressionado o pescoço com um joelho durante cerca de oito minutos numa operação de detenção.

Para além dos protestos em várias cidades norte-americanas, os manifestantes, sob o lema “Black Lives Matter”, também saíram às ruas noutras cidades do mundo como, por exemplo, em Londres, Paris, Lisboa e Porto.

ZAP // Lusa

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