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“Instituição desadequada” para um país moderno. Podemos quer acabar com a monarquia espanhola na próxima década

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La Moncloa / Wikimedia

Rei Felipe VI e Rainha Letizia de Espanha

O partido de esquerda tem como objetivo instalar uma República plurinacional em Espanha, pondo fim ao poder monárquico.

O Podemos tem-se mostrado contra a monarquia em diversos momentos, mas agora assumiu como projeto para a próxima década acabar com o sistema monárquico espanhol para fundar uma República plurinacional em Espanha.

Nas principais conclusões da sua Universidade de Outono, o Podemos assume como objetivo “inalienável” para a próxima década lutar para que o país tenha uma Constituição do “século XXI” que ponha fim ao regime existente até agora.

De acordo com o documento final da Universidade de Outono, a que a Europa Press teve acesso, o partido agora liderado por Ione Belarra, quer lutar para acabar com uma “instituição desadequada” para um país moderno.

Para o Podemos, a monarquia “é uma gangrena que nenhum sistema democrático pode suportar”.

O partido destaca ainda que a criação da República plurinacional não é só um desejo, nem um objetivo político, é “irremediável” porque não se pode continuar a admitir que em pleno século XXI o chefe de Estado “não se escolha por sufrágio, mas por fecundação”.

Por outro lado, considera que o “centralismo monárquico” é “um dos principais focos dos conflitos territoriais” que acontecem em Espanha, que diminuiriam de sobremaneira se o atual sistema monárquico desse lugar a uma nova República, como a efémera II República que governou o país entre 14 de Abril de 1931 e o fim da Guerra Civil, em Março de 1939.

Refere ainda que a monarquia espanhola encontra-se até sob a “ameaça evidente” de ser manietada pela “direita e a extrema-direita” com a “reivindicação inflamada” que esta faz da figura do rei Felipe VI.

O partido também faz referência aos escândalos de corrupção em que a instituição monárquica se tem visto envolvida, e dá como exemplo a atuação dos tribunais em relação “ao mais grave caso de corrupção institucional” da história da democracia espanhola, “a fraude fiscal massiva de Juan Carlos”, o pai de Felipe VI que abdicou do trono e deixou o país.

ZAP //

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5 Comments

  1. E com um rei criminoso, fugido para os Emirados – mas que continua a viver nos luxos pago pelos espanhóis – faz todo o sentido acabar com essa instituição medieval e anti-democrática!

    • Acha mesmo a instituição monárquica anti-democrática? Acaso saberá quais são os países mais democráticos da Europa? Suécia, Noruega, Bélgica, Luxemburgo, Holanda, Reino Unido, Dinamarca, etc, etc, parecem-lhe países pouco democráticos? Pois, mas todos eles são MONARQUIAS! E com excepção de Itália, NUNCA houve uma ditadura em Monarquia, durante o século XX. Isso das ditaduras é mais coisa das repúblicas…

      • Se eu acho que alguém quem tem direitos e regalias acima dos outos cidadãos de um determinado país, só porque nasceu é determinada família, é anti-democrático??
        Não acho; tenho a certeza!
        Quem souber o significado da palavra democracia, perceberá automaticamente que a monarquia representa precisamente o oposto.
        E não é por a Noruega ser o país mais democrático do mundo que a sua monarquia é democrática.
        Todos esses países que referes seriam ainda mais democráticos sem a monarquia!

        Nunca houve ditaduras em nomarquias durante o séc. XX?!
        Deves estar a falar da Europa… e, mesmo assim, ainda há o Vaticano – que não deixa de ser uma monarquia absolutista.
        Mas ainda hoje não faltam ditaduras brutais em monarquias, como os Emirados, o Qatar, a Arabia Saudita, ou até a Coreia do Norte!…

        • Então o Reino Unido deve ser um país “latino”!…
          Na verdade, as monarquias do norte do Europa não tem qualquer poder, importância ou influência nos respetivos países – só servem para “enfeitar”.
          (Já) não são monarquias corruptas por isso mesmo; só há corrupção onde há poder/dinheiro.
          E, obviamente, os genes não tem nada a ver com corrupção… não faltam ingleses, nórdicos, holandeses, alemães, etc, corruptos – só que normalmente os seus “esquemas” são fora dos seus países (África, Ásia, A. Latina, etc).
          Não foram os “latinos” quem criou os paraísos fiscais nem os offshores…

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