Pode vir a faltar água no Algarve. Consumo aumentou apesar de campanhas de sensibilização

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Pode vir mesmo a faltar água nas torneiras do Algarve. As campanhas de sensibilização de nada valeram e o consumo até aumentou.

A seca mais grave desde 2005 rapidamente passou para a seca mais severa dos últimos 1.200 anos na Península Ibérica. Durante o verão, os avisos para a situação multiplicaram-se e agravaram-se gradualmente.

As altas temperaturas e a falta de água trouxeram doenças e problemas de crescimento em várias culturas, levando a quebras entre 40 e 50% na região Oeste, por exemplo.

Desde outubro do ano passado choveu praticamente metade do que seria um ano hidrológico normal. Face à escalada da situação, em julho, o Governo até anunciou que, no Algarve, ia haver uma “limitação da água” no turismo.

Municípios de todo o país adotaram medidas para minimizar a situação geral de seca, que passaram pela redução de regas de jardins, o uso de água reciclada nas lavagens, a redução de caudais e mais campanhas de sensibilização.

A realidade é que as campanhas de sensibilização para redução dos consumos de pouco ou nada valeram, escreve o Público. Aliás, no mês de agosto gastou-se mais 2,2% de água do que em 2019. Só em julho é que se conseguiu uma redução de 7%.

Também o volume de água armazenado nas barragens representa um ganho de apenas 1%, comparando com o mesmo ano.

Um estudo da Universidade do Algarve antecipa que até pode vir a faltar água nas torneiras, na região. Não há, num prazo de dois a três anos, soluções à vista — a não ser esperar que chova.

Estudos constataram que, a 30 de setembro, já se tinha atingido “o mínimo absoluto no armazenamento [nas barragens] e que, simultaneamente, em três dos quatro mais recentes anos se atingiram os valores mais baixos de todos os treze anos [2010- 2022]”.

O Público realça que, apesar de os autarcas dizerem estar “muitíssimo preocupados”, ficam-se pela manifestação do estado de espírito, sem avançar nenhuma solução concreta.

Daniel Costa, ZAP //

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