Portugal está a atravessa a seca mais grave desde 2005, indicou o presidente do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), Miguel Miranda.
“A situação de seca está a agravar-se. A 15 de junho e, comparando com o histórico, só o ano de 2005 se compara com o atual e foi um ano muito complicado em termos de verão e de riscos associados à seca”, disse à TSF o responsável.
Quase “todo o território do continente ou está em seca severa ou extrema, e temos bacias hidrográficas há dois anos em défice. Em termos de regiões o sul do continente e o nordeste alentejano são as que apresentam a percentagem mais baixa de água no solo”, continuou.
Miguel Miranda informou que esta terça-feira à tarde se realiza uma reunião interministerial para debater o problema da seca.
“Desde janeiro que as autoridades que gerem a água estão numa situação progressiva de contenção, tínhamos esperança que houvesse uma pequena recuperação, mas isso não veio a verificar-se”, referiu.
“É provável que as decisões a tomar sejam ainda mais restritivas e na continuação das anteriores, o que significa que não pode haver nenhuma situação em que seja permitido aumentar significativamente os consumos da água armazenada”, disse.
E acrescentou: “As medidas terão a ver com restrições de utilização na agricultura, mas também não pode ser de forma dramática, porque sem agricultura não temos alimentação e essencialmente campanhas dirigidas à população, para que haja consumos moderados e percebam que a água é pouca e tem que chegar para todos”.