Quem pode desempenhar melhor o cargo de primeiro-ministro do Reino Unido? Boris Johnson ou Keir Starmer? Os britânicos responderam.
Uma sondagem da Opinium, publicada este domingo no semanário The Observer, indica que, quando confrontados com a questão, a maioria dos inquiridos (32%) escolhe a hipótese “nem um, nem outro“, em detrimento do atual chefe do Governo, Boris Johnson, (31%) ou do líder da oposição, Keir Starmer, (25%).
Nesta sondagem, o governante apresenta a pior avaliação desde que foi eleito primeiro-ministro, com uma taxa de aprovação líquida de -16 pontos. Starmer também atinge registos mínimos, com uma taxa de aprovação de -11 e uma queda de -5 em apenas duas semanas, detalha o jornal Público.
Na semana passada, um estudo interno divulgado pelo site Conservative Home, revelou também que os militantes do Partido Conservador dão apenas 3,4% de aprovação ao líder Boris Johnson – uma queda de 36% em relação ao mês anterior.
O Partido Conservador continua, porém, a liderar a tabela das intenções de voto a nível nacional, mas muito por causa da incapacidade do líder da oposição conquistar popularidade.
Na sondagem deste domingo, os conservadores chegam aos 42% das intenções de voto e o Partido Trabalhista fica-se pelos 35%. Seguem-se Liberais-Democratas (7%) e o Partido Verde (5%).
Apesar de se manter em valores negativos (-9), o Governo britânico regista uma melhoria de 7 pontos percentuais na taxa líquida sobre a forma como tem respondido à pandemia de covid-19.
O Público realça que os dados parecem apontar para uma fase de transição para um novo ciclo político, muito ligado à evolução da pandemia no Reino Unido, e que deverá começar “oficialmente” com a nova reabertura do Parlamento em setembro.
Boris Johnson começou o mandato com o pé esquerdo, mas foi conseguindo marcar pontos à medida que a campanha da vacinação avançava no país. O sucesso da administração de vacinas contra a covid-19 contribuiu para o bom desempenho do Partido Conservador nas eleições locais de maio e permitiu ao Governo adiantar-se à maioria dos países no que toca ao desconfinamento.
Nas últimas semanas, a sua popularidade começou a sofrer uma queda, numa altura em que se vê assolado por relevações polémicas do seu antigo conselheiro e assessor, Dominic Cummings, denúncias de lobbying, favorecimentos e desvio de dinheiros públicos.
Não há meio dos Liberal Democrats atingirem a popularidade eleitoral que já tiveram em 2010-2016, a quando da coligação com os Conservadores, numa altura em que os Conservadores não eram Fascistas nem Neoliberais.