A Polícia Judiciária Militar deteve esta quarta-feira um membro do Regimento dos Comandos suspeito de homicídio do colega Luís Teles Lima, que foi encontrado morto no quartel da Carregueira, em Sintra, em setembro.
A porta-voz do exército confirmou ao Observador que a PJM e uma procuradora adjunta da Comarca do Oeste foram esta quarta-feira ao Regimento de Comandos para deter um militar e constituí-lo arguido num processo em que está “indiciado pela prática do crime de homicídio”. O suspeito deverá ser sujeito a interrogatório nas próximas 48 horas.
As primeiras informações foram de que Luís Teles Lima, de 23 anos, se teria suicidado e isso mesmo terá sido, num primeiro momento, comunicado à família. Mais tarde surgiu a informação de que o militar estaria de serviço. Agora, há fortes suspeitas de que terá sido assassinado por um colega.
De acordo com o CM, o militar terá sido morto com um tiro de metralhadora G3. As perícias revelaram ausência de pólvora nas mãos do soldado, o que levou a investigação a afastar a hipótese de suicídio.
O suspeito terá disparado com a G3 de serviço, embora a bala não constasse do lote das armas de serviço, segundo informações do DN, o que pode sugerir que houve premeditação da parte do assassino.
Desconhecem-se ainda as razões que estiveram na base do disparo que provocou a morte do soldado madeirense, que tinha vindo há pouco tempo da missão na República Centro-Africana e pertencia à mesma equipa do militar agora arguido.
O detido vai agora ser presente a interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação adequadas, admitindo algumas fontes que tal ocorra apenas na sexta-feira devido à greve em curso no setor.