A Polícia Judiciária está a realizar buscas nas instalações da TAP em Lisboa, devido ao negócio da compra da empresa de manutenção no Brasil.
A SIC Notícias avança que as buscas no edifício da TAP, junto ao aeroporto de Lisboa, estarão relacionadas com a compra da TAP Manutenção, a antiga VEM, por 24 milhões de euros, um negócio que acabou por ser ruinoso. Os prejuízos ao longo dos anos somam cerca de 500 milhões de euros.
De acordo com o Diário Económico, as buscas estendem-se ainda às instalações da Parpública, braço financeiro do Estado para as participações financeiras, no âmbito de uma operação liderada pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) para recolher provas que permitam saber se o Estado português autorizou, ou não, a compra da ex-VEM pela TAP.
Em 2014, uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças referia que o negócio realizado pela TAP nunca teve o aval de Fernando Costa Pina, então secretário de Estado do Tesouro.
O Económico apurou que a PJ está ainda a tentar recolher informação que permita avaliar se os resultados da TAP em 2006, altura em que a companhia aérea portuguesa comprou a unidade de manutenção da antiga Varig, permitiam realizar esta operação.
Estará ainda em causa saber se a operação levou ao pagamento de prémios e quais os beneficiários dos mesmos, nomeadamente um alegado prémio de 20% a um dos donos da VEM, a Geocapital, grupo liderado pelo empresário macaense Stanley Ho.
O Observador sublinha que é a segunda vez que a PJ faz buscas à TAP a propósito do negócio no Brasil, relembrando que Fernando Pinto, presidente executivo da TAP desde 2000, já foi ouvido pela Polícia Judiciária em 2014.
ZAP
Já se ouve falar de tanta coisa que muita gente deve ter comido à conta do negócio, isto parece estar-se a institucionalizar em Portugal comer à conta do Estado e se assim é não vai haver Estado que resista.