Pintura de Magritte vendida por recorde histórico de 23,8 milhões

(dr) Sotheby's

“Le principe du plaisir”, René Magritte

“Le principe du plaisir” destronou “La corde sensible”, vendido em fevereiro do ano passado, em Londres, por 14,4 milhões de libras (16,5 milhões de euros).

O valor ultrapassou as estimativas da leiloeira Sotheby’s, entre os 15 e os 20 milhões de dólares. Ao todo, sete diferentes colecionadores fizeram ofertas à obra de René Magritte.

O pintor belga, que nasceu em 1898 e morreu em 1967, foi um dos principais artistas do surrealismo da época, ao lado de Paul Delvaux. Pintor de imagens insólitas, às quais deu tratamento rigorosamente realista, utilizou-se de processos ilusionistas, sempre à procura do contraste entre o tratamento realista dos objetos e a atmosfera irreal dos conjuntos.

As suas obras são consideradas metáforas que se apresentam como representações realistas, através da justaposição de objetos comuns, e símbolos recorrentes, como o torso feminino, o chapéu coco, o castelo, a rocha e a janela, entre outros, porém de um modo impossível de ser encontrado na vida real.

Várias outras obras também excederam o seu valor estimado, como “Improvisation auf mahagoni”, do pintor russo Vassily Kandinsky, que recebeu 24,2 milhões de dólares, enquanto a Sotheby’s estimava que seria vendido entre 15 e 20 milhões de dólares.

Um dos destaques no leilão, uma obra de Marsden Hartley, um dos primeiros trabalhos totalmente abstratos na história da arte norte-americana, não encontrou comprador.

No domingo, “Garden Corner with Butterflies”, de Vincent Van Gogh, estimado em 40 milhões de dólares, também permaneceu nos braços do proprietário, no final de um leilão da Christie’s dedicado ao Impressionismo e à Arte Moderna.

As vendas continuam até quinta-feira à noite.

ZAP // Lusa

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