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Pinto da Costa contesta acusações e diz que nunca teve guarda-costas

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Estela Silva / Lusa

O presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa

O presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa

O Presidente do Futebol Clube do Porto prestou esta quarta-feira declarações, no âmbito do “Processo Fénix”, e afirmou que nunca teve guarda-costas, acrescentando que apenas se fazia acompanhar de elementos da SPDE para não ser “asfixiado” pelo “carinho” dos adeptos.

Mais de 50 arguidos da “Operação Fénix”, entre os quais o presidente do Futebol Clube do Porto, Pinto da Costa, e o antigo administrador da SAD portista, Antero Henrique, começaram esta quarta-feira a ser julgados, em Guimarães.

O julgamento está a decorrer no quartel dos Bombeiros Voluntários daquela cidade, uma vez que a Comarca de Braga não dispõe de uma sala com capacidade para acolher tanta gente, entre arguidos, advogados e forças policiais.

A lista de arguidos integra a SPDE – Segurança Privada e Vigilância em Eventos, acusada de um crime de associação criminosa e outro de exercício ilícito de atividade de segurança privada. O sócio-gerente da empresa, Eduardo Silva, responde por aqueles dois crimes e ainda por detenção de arma proibida.

Eduardo Silva está indiciado de, a coberto da atuação legal da sociedade SPDE, ter montado uma estrutura que, com recurso à força e à intimidação, lhe permitiu dominar a prestação de serviços de segurança em estabelecimentos de diversão noturna em vários pontos do país.

Para a acusação, ficou indiciado que este grupo se dedicava às chamadas “cobranças difíceis”, exigindo, através da violência física e/ou de ameaças, o pagamento de alegadas dívidas.

Um dos arguidos está mesmo acusado de ter agredido um jovem à porta de uma discoteca em Riba de Ave, Famalicão, em março de 2015, que viria a morrer cinco dias depois no hospital.

Pinto da Costa nega acusações

O Presidente do FC Porto foi o primeiro arguido a prestar declarações e negou ter tido guarda-costas. No entanto, admite que elementos da SPDE o acompanharam várias vezes mas que era apenas para garantir a sua segurança.

“Era preciso criar um espaço de segurança para evitar que as pessoas caíssem em cima de mim”, afirmou Pinto da Costa, citado pelo Correio da Manhã, acrescentando que por vezes “era asfixiado” pelo “carinho” dos adeptos.

De acordo com o mesmo jornal, sobre o dono da SPDE, o presidente do clube azul e branco afirmou que nunca terá chegado à sua posse nenhum tipo de contrato “mas que Eduardo sempre lhe mereceu muito respeito”.

Pinto da Costa foi um dos primeiros arguidos a chegar ao local, acompanhado pelo seu advogado Gil Moreira dos Santos, onde se rejeitou a prestar quaisquer declarações aos jornalistas. O dirigente portista só abriu exceção para uma repórter da CMTV, pedindo-lhe para “não ser mentirosa”.

Segundo o Público, entre as as testemunhas está também Fernanda Miranda, ex-companheira que se divorciou do dirigente portista em dezembro do ano passado.

Segundo a acusação, a brasileira também terá beneficiado de serviços ilegais de acompanhamento e proteção pessoal, não estando, no entanto, envolvida na contratação dos mesmos, escreve o jornal.

Entre a lista de testemunhas está também o ex-presidente do Sporting, Godinho Lopes, que terá também beneficiado da proteção pessoal da SPDE, quando já tinha deixado a liderança do clube leonino.

A “Operação Fénix” é um processo relacionado com a utilização ilegal de seguranças privados. Os arguidos respondem por associação criminosa, exercício ilícito da atividade de segurança privada, extorsão, coação, ofensa à integridade física qualificada, ofensas à integridade física agravadas pelo resultado morte, tráfico, posse de arma proibida e favorecimento pessoal.

ZAP // Lusa

3 Comments

  1. É verdade sim senhora,
    Eu nunca o vi com um macaco grande daqueles saídos de um ginásio de testosterona.
    Vi-o sim com cada mulheraço de se tirar o chapéu.
    :):):)

  2. O Sr. Magistrado do Ministério Público ao misturar todos os Arguidos no mesmo processo, nesta acusação, não os distingue e esta distinção impõe-se, dado que os diversos crimes são distintos para os diversos Arguidos. Quem não distingue pode ou quer confundir e isto é pouco sério, na medida em que aos olhos do grande Público os Arguidos surgem todos no “mesmo saco”. Todos merecem respeito e o MP, tem esse dever, o que neste caso se não verifica. É pena!

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