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Pico da pandemia pode ser atingido daqui a três semanas

Tiago Petinga / Lusa

As estimativas apontam para que Portugal ultrapasse as cinco mil novas infeções por dia em breve. Ainda assim, há sinais de que a velocidade de transmissão do vírus está a abrandar e com isso é possível estimar que o pico desta onda possa ocorrer na terceira semana de novembro.

O pico da pandemia de covid-19 pode ser atingido dentro de três semanas, algures entre os dias 20 e 25 de novembro.

A previsão é de Manuel Carmo Gomes, professor universitário e especialista em epidemiologia, que, em declarações ao Expresso, avançou que “se se mantiverem as condições ­atuais, podemos ter o pico na terceira semana de novembro, entre os dias 20 e 25, talvez sem chegarmos a atingir os seis mil casos”.

Mas é preciso muito cuidado. Bastam dois ou três grandes eventos para a situação mudar”, alertou.

O especialista, um dos que o Governo tem ouvido, apontou que até dia 20 de novembro é muito improvável que não continue a aumentar o número de novos casos de infeção detetados diariamente em Portugal.

Apesar disso, indicou que o número médio de pessoas que cada infectado contagia (Rt) estar a decrescer há já alguns dias, mesmo nas regiões do Norte e Lisboa e Vale do Tejo, onde se verificam mais diagnósticos positivos.

O desfecho está dependente do que irá acontecer nas próximas semanas e do efeito das medidas anunciadas pelo Governo no sábado. “Se esta tendência de desaceleração for combinada com medidas mais restritivas que o Governo tome agora, sobretudo nas zonas que estão mais vermelhas devido à maior circulação do vírus, talvez isso traga bons sinais para Dezembro.”

Além do Rt a descer, há outro indicador de que o pico poderá estar para breve: segundo o semanário, há uma semana, a diferença entre os casos diagnosticados divulgados diariamente pela Direção-Geral da Saúde e o número real de contágios estimado pelos peritos era de 800 novas infecções diáras. Agora, a diferença terá reduzido para 650.

Esta diferença significa que as autoridades de saúde estão a conseguir rastrear mais eficientemente os contactos, a conseguir detetar mais casos e a parar cadeias de transmissão.

ZAP //

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