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“Presidente instável”. Pelosi pede a generais para recusarem códigos nucleares a Trump

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Shawn Thew / EPA

A líder democrata da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, disse esta quinta-feira que falou com chefias militares para tentar evitar que Donald Trump use códigos de armas nucleares, ameaçando agir para o remover do cargo rapidamente.

Pelosi considera que Trump é um “Presidente instável” e não tem condições para exercer funções, pelo que está apreensiva relativamente ao seu acesso a códigos nucleares.

“Esta manhã falei com o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Mark Milley, para discutir as precauções disponíveis para evitar que um Presidente instável inicie hostilidades militares ou tenha acesso a códigos de lançamento e ordene um ataque nuclear”, escreveu a líder democrata numa carta que enviou aos seus colegas parlamentares.

“A situação com este Presidente desequilibrado não poderia ser mais perigosa”, acrescentou Pelosi, prometendo que o Congresso agirá se Donald Trump não sair da Casa Branca “iminente e voluntariamente”, sem especificar a natureza dessa ação, mas admitindo-se que a iniciativa passe por um novo processo de destituição.

Pelosi, bem como o líder da minoria democrata no Senado, Chuck Schumer, já na quinta-feira tinham anunciado que iriam pedir ao vice-Presidente, Mike Pence, para invocar a 25.ª emenda da Constituição, que permite retirar poderes ao Presidente por incapacidade de exercício de funções. Se Trump for removido do cargo por destituição ficará impedido de concorrer novamente à Casa Branca.

No caso de ser alvo de um julgamento de destituição, será o único Presidente dos Estados Unidos, até agora, a ter sido alvo de dois processos desse género.

O republicano Donald Trump perdeu as eleições presidenciais de 3 de novembro para o seu rival democrata, Joe Biden, que deve tomar posse como 46.º Presidente dos Estados Unidos em 20 de janeiro. Só esta semana Trump assumiu a derrota e, na quinta-feira, prometeu pela primeira vez uma transição de poder pacífica.

Entretanto, o Presidente cessante dos Estados Unido revelou, numa publicação no Twitter, que não estará presente na tomada de posse de Joe Biden, agendada para 20 de janeiro.

Por sua vez, o Presidente eleito dos Estados Unido congratulou-se com a decisão de Donald Trump de não comparecer na cerimónia da sua tomada de posse, que ocorre no dia 20 de janeiro. “É uma boa decisão”, afirmou Joe Biden, citado pela agência AFP, acrescentando que o vice-Presidente, Mike Pence, será “bem-vindo”.

O vice-Presidente, o republicano Mike Pence, validou o voto de 306 grandes eleitores a favor do democrata contra 232 para o republicano Donald Trump, no final de uma sessão das duas câmaras, marcada pela invasão de apoiantes do Presidente cessante.

ZAP // Lusa

5 Comments

  1. Quem deve estar muito triste do que está a acontecer com o espantalho americano é o enteado tuga. Deve estar a pedir colinho e miminhos à tia Marine.

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