O número de nascimentos em Portugal desceu pela primeira vez, em 2013, abaixo dos 83 mil, fixando-se nos 82.787 nados vivos, menos 7.054 face ao ano anterior, segundo as Estatísticas Demográficas do INE divulgadas esta sexta-feira.
O índice sintético de fecundidade foi de 1,21 filhos em 2013 (1,28 em 2012), atingindo o valor mais baixo de sempre, refere o relatório do Instituto Nacional de Estatística, que faz uma análise da situação demográfica do país em 2013.
A idade média da mulher ao nascimento do primeiro filho foi de 29,7 anos e a idade média da mulher ao nascimento de um filho foi de 31,2 anos (29,5 anos e 31 anos, respetivamente, em 2012), mantendo-se a tendência de adiamento da idade à maternidade.
Relativamente à população residente em Portugal em 31 de dezembro de 2013, as estatísticas adiantam que foi estimada em 10.427.301 pessoas, menos 59.988 do que a população estimada para o período homólogo do ano anterior.
“Constata-se, assim, a continuação da tendência de envelhecimento demográfico“, resultante da redução do peso relativo da população jovem (de 14,8% em 2012 para 14,6 % em 2013) e da população em idade ativa (de 65,8% para 65,6%), e do aumento da proporção dos idosos (de 19,4% para 19,9%).
Segundo o INE, “este comportamento reflete a descida continuada da natalidade, o aumento da longevidade e, mais recentemente, o crescimento dos fluxos emigratórios“.
Em 2013, o número de emigrantes permanentes (53 786) ultrapassou novamente o de imigrantes permanentes (17 554), resultando num saldo migratório negativo (-36 232), menos acentuado do que o estimado para 2012 (-37.352).
No que respeita à emigração temporária, as estimativas para 2013 apontam para que tenham saído do país cerca de 74.322 pessoas com intenção de permanecer no estrangeiro por um período inferior a um ano, quando em 2012 esse valor tinha sido de 69.460 pessoas.
A esperança de vida à nascença foi estimada, entre 2011 e 2013, em 80 anos, e continua a ser superior nas mulheres (82,79 anos, face a 76,91 nos homens).
Analisando o número de óbitos, o INE refere que diminuiu 1% em 2013 relativamente ao ano anterior.
Da totalidade de óbitos de pessoas residentes em Portugal em 2013 (106.543), 68,9% ocorreram em pessoas com idades iguais ou superiores a 75 anos (68,8%, em 2012).
A taxa de mortalidade infantil também caiu em 2013, ano em que foram registados 2,9 óbitos por mil nados vivos (3,4 óbitos em 2012).
/Lusa
quem são os pais responsáveis que querem ter um filho nestas condições ?????