Apesar de ter abandonado a advocacia e ter integrado o Governo, o ministro Pedro Siza Vieira viu os seus rendimentos dispararem em 2017.
Segundo o Correio da Manhã, Pedro Siza Vieira, ministro Adjunto e da Economia, declarou 2,24 milhões de euros referentes ao ano passado, o que corresponde a mais 875.882 euros do que em 2016.
Na declaração de rendimentos entregue ao Tribunal Constitucional (TC), a 14 de dezembro, consta que Siza Vieira recebeu 17.280 euros de trabalho dependente, aos quais juntou 2,034 milhões de euros de trabalho independente, assim como 26.637 euros de rendimentos de capitais de 157.188 euros de mais-valias. No total, encaixou 2,24 milhões de euros.
Em 2016, o ministro declarou 1,342 milhões de euros de trabalho independente, 370 euros de rendimentos de capitais e 16.502 euros de mais-valias. Assim, os rendimentos totalizaram os 1,359 milhões de euros nesse ano, o que representa um acréscimo de 875.882 euros no espaço de um ano.
Ao diário, fonte oficial do gabinete de Siza Vieira limitou-se a dizer que “em 2017, o ministro amortizou a sua quota na sociedade de advogados [Linklateres] de que era sócio, tendo esse mesmo rendimento sido declarado, de acordo com a lei, como trabalho independente”.
Na declaração, o ministro esclarece que essa amortização resultou “num acréscimo patrimonial significativo” e no pagamento, a 31 de agosto de 2018, de uma “quantia substancial a título de IRS”, sem especificar montantes.
Além disso, Pedro Siza Vieira dá conta de que, para proceder à amortização, foi forçado a vender diversas ações e unidades de participação de poupanças detidas em vários bancos.
De acordo com o CM, em 2016, o ministro Siza Vieira declarou 1,220 milhões de euros em poupanças e fundos de investimento, sendo que, no ano seguinte, essa verba caiu para 646 mil euros: são menos 574 mil euros.