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Em reunião de 10 minutos, Pedro Sánchez volta a recusar proposta de coligação de Pablo Iglesias

ZIPI / EPA

O primeiro-ministro espanhol e líder do PSOE, Pedro Sánchez, com o líder do Podemos, Pablo Iglesias

O PSOE e o Unidos Podemos continuam a não chegar a um entendimento que permita desbloquear o impasse político em Espanha. A nova reunião entre Sánchez e Iglesias terá durado apenas dez minutos.

As negociações entre o PSOE e o Unidos Podemos para a criação de uma maioria que permita formar Governo em Espanha voltaram a falhar. Dois dias depois de se terem reunido, Pedro Sánchez e Pablo Iglesas voltaram a encontrar-se para, mais uma vez, não chegarem a um acordo.

A reunião terá durado apenas dez minutos, tempo suficiente para Sánchez informar Iglesas de que não aceita a proposta de coligação do Unidos Podemos. De acordo com o jornal espanhol El País, que cita uma fonte do Podemos, o partido mostrou-se disponível para abandonar o governo se, depois de aprovado o orçamento espanhol, o líder do PSOE considerar que coligação não está a funcionar, mantendo, no entanto, o apoio parlamentar.

O PSOE descartou essa possibilidade por considerar que “não existem bases mínimas de confiança ou uma abordagem governamental coesa, coerente e com uma única direção”.

Para desbloquear o impasse político em Espanha e possibilitar a investidura de Pedro Sánchez como primeiro-ministro, os socialistas querem seguir um modelo semelhante ao do português, com um apoio de incidência parlamentar. O Podemos, porém, quer a formação de um Governo de coligação entre os dois partidos.

Faltam três semanas, até 23 de setembro, para o prazo limite de dois meses que a Constituição espanhola confere aos grupos parlamentares para encontrarem uma solução para formar um Governo, depois da tentativa frustrada de investidura de Pedro Sánchez em 23 e 25 de julho último.

Se o impasse se mantiver, o rei Felipe VI terá de marcar eleições para 10 de novembro próximo, as quarta “legislativas” no espaço de quatro anos.

O PSOE foi o partido mais votado nas eleições de 28 de abril último, mas com menos de 30% dos votos precisa do apoio de outras formações políticas, sendo essencial a do Unidas Podemos.

ZAP //

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