Pedro Nuno despediu-se: “Agora dêem-me descanso”

Miguel A. Lopes / Lusa

O ex-ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos.

À saída do Palácio de Belém na quarta-feira, após a tomada de posse dos novos secretários de Estado e dos ministros, Pedro Nuno Santos declarou: “agora dêem-me descanso. Foram sete anos, foram sete anos bons, agora vou ter o meu descanso”.

O ex-ministro das Infraestruturas e da Habitação – pastas agora lideradas por João Galamba e por Marina Gonçalves, respetivamente – disse ainda que está disponível para prestar esclarecimentos sobre o caso da ex-secretária de Estado do Tesouro, Alexandra Reis, que levou à sua demissão.

Na tomada de posse, Pedro Nuno Santos abraçou João Galamba, de quem é próximo, e Marina Gonçalves, que foi sua chefe de gabinete e secretária de Estado no Ministério das Infraestruturas. Recebeu também, como relatou o Público, apertos de mão vigorosos por parte do Presidente da República e do primeiro-ministro.

Foram ainda empossados por Marcelo Rebelo de Sousa os secretários de Estado Pedro Sousa Rodrigues, que substitui Alexandra Reis no Tesouro; Ana Fontoura Gouveia, na Energia e Clima; Hugo Pires, no Ambiente; Frederico Francisco, nas Infraestruturas; Fernanda Rodrigues, na Habitação; e Carla Alves, na Agricultura.

Marcelo, que já tinha deixado um aviso na véspera, indicando que António Costa reorganizou o Governo com a “prata da casa para não mexer naquilo que existia”, afirmou na quarta-feira: “vamos ver. Se isto funcionar é boa ideia, Se não, retiraremos daí as conclusões”.

O início da crise política deveu-se à indemnização de 500 mil euros que Alexandra Reis recebeu quando saiu da TAP. Marcelo tem sublinhado a necessidade de esclarecimentos sobre o caso.

Ainda antes de viajar para o Brasil – onde foi assistir à tomada de posse do Presidente Lula da Silva -, Marcelo desafiou o executivo a governar e transmitiu a ideia de que, com legislativas agora, “não é claro” o aparecimento de uma “alternativa evidente e forte” ao PS.

No Brasil, avisou: a autonomização da Habitação num ministério é “abertura de um caminho” sobre um “problema social grave”, acrescentando esperar que tenha “consequência”.

ZAP //

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