PCP marca o seu XXI congresso para novembro de 2020

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Manuel de Almeida / Lusa

O secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP) e líder da CDU, Jerónimo de Sousa

O secretário-geral do PCP anunciou, este domingo, em Lisboa, que vai marcar o XXI congresso do partido para 27, 28 e 29 de novembro de 2020, sustentando que o país mantém “os mesmos graves problemas estruturais”.

Jerónimo de Sousa falava numa conferência de imprensa, na sede do partido, após a conclusão de uma reunião de dois dias do Comité Central do PCP para análise da atual situação política e social, e tarefas do partido.

“Marcada por um quadro político distinto dos últimos anos, a situação do país expõe os mesmos e graves problemas estruturais que estão na raiz dos significativos atrasos no seu desenvolvimento”, declarou o secretário-geral, sobre o diagnóstico dos comunistas, responsabilizando PS, PSD e CDS pelos problemas nacionais.

Respondendo a perguntas dos jornalistas, Jerónimo de Sousa disse desconhecer ainda a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2020 e o seu conteúdo, embora o PCP tenha “fundadas preocupações”.

“Não temos nenhuma informação objetiva e esperamos pela proposta do OE”, apontou.

O líder do PCP criticou o Governo por fazer determinadas opções “contraditórias”, nomeadamente por ter decidido “acudir ao Novo Banco, em vez das necessidades e carências sociais dos portugueses”.

Jerónimo referia-se, “contrastando com a divulgação de um significativo excedente orçamental nos primeiros nove meses do ano”, à decisão de fazer uma transferência, já este ano, de 1.150 milhões de euros para este banco.

Enquanto, por outro lado, disse, “se mantém a falta de investimento e de resposta aos problemas em áreas essenciais à vida dos trabalhadores e do povo, como o evidencia a falta de trabalhadores em escolas e as carências em várias unidades de saúde, como é exemplo a situação do Serviço de Urgência de Pediatria do Hospital Garcia de Orta“.

Entre outras questões, os comunistas abordaram o salário mínimo, e consideram que o valor fixado recentemente pelo Governo “está muito aquém dos 850 euros reivindicados pela CGTP-IN”.

O PCP acusou o Governo de estar comprometido com “os interesses do grande patronato” e alertou para os desenvolvimentos do processo iniciado na Concertação Social “sobre um chamado acordo de rendimentos que propagandeou a suposta valorização dos salários”.

Para os comunistas, as diligências do Governo “travam de facto o seu crescimento e não respondem à emergência nacional do aumento geral dos salários”.

“A intenção do Governo do PS de tomar como referência para o aumento dos salários da Administração Pública o valor da inflação de 2019 — que se deve fixar em 0,3% —, a confirmar-se, será uma decisão inaceitável, depois de uma década de salários congelados”, sustentou ainda o responsável máximo do partido.

ZAP // Lusa

1 Comment

  1. Aos anos que o SNS vem a piorar e não vejo políticos dignos desse nome que alguma vez tenham feito alguma coisa para que o SNS melhorasse todos mas todos os governos oque têm feito é cortar nas verbas para o SNS e outros organismos, mas também é verdade que nunca li nem ouvi as Ordens profissionais de Saúde seja dos Médicos ou dos Enfermeiros alertarem a população para isso, parece que o mal do SNS começou há 4 ou 5 anos, mas dinheiro para os Bancos, para Fundações e Institutos criados para satisfazer as clientelas politicas não tem faltado, triste povo português que é governado há mais de 40 anos por uma seita de Mafioso políticos e continua a votar nos mesmos, somos mesmo um povo masoquista.

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