/

O PCP também não quer casar com Costa

8

Paulo Cunha / Lusa

O presidente do Grupo Parlamentar do PCP, João Oliveira

Esta segunda-feira, o primeiro-ministro rejeitou uma coligação formal com os partidos à sua esquerda. Agora, foi a vez de o líder parlamentar comunista, João Oliveira, deixar claro que o PCP não quer casar com António Costa.

João Oliveira, líder parlamentar do Partido Comunista, foi menos romântico nas palavras que proferiu em resposta às declarações de António Costa, na entrevista que deu na última segunda-feira à noite, à TVI.

“Para nós, a integração do Governo não é uma questão deste ou daquele lugar; é uma questão de saber que política é que o Governo faz, para saber se o PCP poderia ou não integrar um governo”, respondeu o líder da bancada parlamentar comunista, nas jornadas parlamentares do partido, que decorrem em Santarém.

“Para haver condições para que o PCP integre um governo tem de haver, à partida, a definição de uma política que corresponda aos anseios dos trabalhadores, que dê resposta aos problemas estruturais do país e que, rompendo com a política de direita, abra uma perspetiva de desenvolvimento e progresso do nosso país”, continuou.

No fundo, para que o PCP case com o Governo, seria preciso que houvesse um acordo pré-nupcial. No entanto, o Partido Comunista conhece bem demais o PS para saber que os socialistas não cumpririam os compromissos que os comunistas exigem. “Reconhecemos que, com as opções que o PS faz e com os compromissos a que continua amarrado, isso é muito difícil de acontecer.”

Assim, escreve o jornal Público, se a convergência a que conseguiram chegar em 2015 não foi o suficiente para consumar um casamento, não será agora que a cerimónia irá acontecer, quando estão praticamente esgotadas as razões que os juntaram: tirar a direita do poder e repor direitos e rendimentos.

“Eu julgo que essas diferenças e essas divergências vão ficando mais claras ao longo do tempo sempre que, propondo nós soluções para os problemas do país, as opções do PS impedem isso”, proferiu João Oliveira, confirmando o desgaste da relação entre os dois partidos.

“Em matéria de legislação laboral, investimento público, controlo público dos setores estratégicos – são opções que o PS faz que limitam e impedem a resposta aos problemas do país, clarificam posicionamento sobre essas questões”, continuou o líder parlamentar.

Para João Oliveira, o importante é que cada um assuma “as responsabilidades que entende que deve assumir”, que cada um faça “as opções que entende que deve fazer”. “São sobretudo os portugueses que têm de fazer uma apreciação do posicionamento que cada assume e da perspetiva que cada um tem para o país”, concluiu.

ZAP //

8 Comments

  1. No fundo… também não seria possível. Em que igreja é que estes 3 se iriam casar? Eu não conheço nenhum padre que os case aos 3. O melhor é continuarem a viver em união de facto.

  2. Pois………
    Mas não teve problema em se aliar ao PSD/CDS/BE para chumbar o PEC IV e fazer vir a TROIKA.
    Não nos devemos esquecer que foram os causadores de termos a TROIKA. É verdade que o País estava com problemas financeiros, mas senão fosse o chumbo do PEC IV, teriamos ajuda como tiveram outros países , por exemplo a ESPANHA que não teve TROIKA
    É bom lembrar

    • O país estava com problemas financeiros? Em 2002 já estava no pântano, depois de 7 (sete) anos de “socialismo”. Em 2003 já andava tudo de tanga. Eu bem sei quanto essa canalha de roubou!!!

      • Sabes?!
        Então dá uma ajudinha ao MP, que parece que está com dificuldades na acusação!
        Estou mesmo a falar a sério!!

      • Depois de terem corrido com a procuradora e com o Juiz, é possível que estejam com dificuldades na acusação. Era isso mesmo que a corja queria??

      • Não vi ninguém a correr com a procurada nem com o juiz, e parece-me que as dificuldades não começaram hoje!…

  3. Está tudo a empurrar Rui Rio e Costa para o Centrão !
    Coitadinha da Catarina que já estava a arranjar toilette para ser ministra…

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.