António Costa é “O Padrinho” da precariedade em vídeo do PCP

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Hugo Delgado / Lusa

O secretário-geral do Partido Socialista (PS), António Costa

O PCP publicou um vídeo no Facebook onde compara António Costa a Don Corleone, “O Padrinho” da Máfia do filme de Francis Ford Copolla, no âmbito do acordo de concertação social. É mais um capítulo do crescente mal-estar no seio da “geringonça”.

Numa altura em que o Governo começou a discutir o Orçamento de Estado para 2019 com Bloco de Esquerda e PCP, são crescentes os sinais de mal-estar no seio da “geringonça”.

António Costa já se vai preparando para uma eventual crise política, enquanto os aliados de esquerda vão afiando as garras nas críticas ao Executivo.

O mais recente exemplo chega do PCP, depois de um vídeo no qual o primeiro-ministro é comparado a Don Corleone, o famoso “Padrinho” da Máfia do filme de Francis Ford Copolla, ter sido publicado no Facebook do partido.

Com imagens a preto e branco e a icónica música de Nino Rota, o PCP coloca António Costa ao lado de Rui Rio, Assunção Cristas e António Saraiva, presidente da Confederação Industrial Portuguesa (CIP), denominando-os de os “Padrinhos da Precariedade“.

PS, PSD, CDS e patrões: padrinhos da precariedade

O Governo minoritário do PS, as Confederações Patronais e a UGT combinaram, com o já explícito apoio do PSD e do Presidente da República o prosseguimento do ataque aos direitos dos trabalhadores e à sua estabilidade social e laboral.O acordo, subscrito no âmbito da Concertação Social, mantém e mesmo reforça os instrumentos para o aumento da exploração e a liquidação de direitos dos trabalhadores. Com o acordo firmado, o Governo, o patronato e a UGT pretendem:- Estabelecer para todos os sectores um nível aceitável de precariedade (tendo em conta a situação actual que é tudo menos aceitável) e legitimar a precariedade até esse nível. Acima dele, legitimar a precariedade desde que as empresas paguem uma pequena quantia na TSU.- Aumentar o período experimental para 180 dias (seis meses!), para os trabalhadores à procura do 1.º emprego e para os desempregados de longa duração.- Alargar a todos os sectores os contratos de muito curta duração, ampliando a sua duração até 35 dias, podendo chegar aos 70 dias por ano, sem necessidade de contrato escrito.#pcp #ValorizarosTrabalhadores

Publicado por Partido Comunista Português em Sexta-feira, 6 de Julho de 2018

O ponto das críticas dos comunistas é o acordo de concertação social, com referência ao aumento da duração dos contratos de curta duração, ao alargamento do período experimental, e à criação de uma taxa de rotatividade para penalizar as empresas que abusem dos contratos a termo.

“Dizem combater a precariedade, mas criam vínculos ainda mais precários”, acusa o PCP, notando que o Governo do PS se alia ao PSD e aos patrões para continuar o “ataque aos direitos dos trabalhadores e à sua estabilidade social e laboral”.

ZAP //

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