O ex-vice-presidente, líder da lista D, foi eleito presidente do Vitória de Setúbal para o mandato 2020-2023, com um total de 875 votos.
Paulo Gomes, de 50 anos, foi o mais votado das cinco listas candidatas, destronando da liderança do clube da I Liga de futebol Vítor Hugo Valente, da lista E, que foi segundo com 731 votos.
No total de 2.384 votos apurados no pavilhão Antoine Velge, José Dias Mendes (lista C), com 332 votos, Pedro Gaiveo Luzio (B), com 246, e Chumbita Nunes (A), com 181, ocuparam as posições seguintes.
No sufrágio mais concorrido do emblema setubalense no século XXI [o máximo anterior tinha acontecido nas eleições de 2003 em que foram contabilizados 2000 votos], registaram-se oito votos brancos e 11 nulos.
Depois de encerradas as urnas, a festa do triunfo fez-se ainda antes de Cardoso Ferreira, presidente da mesa da assembleia geral, ter anunciado o resultado das votações. Já conhecedores da votação final, Paulo Gomes e os restantes elementos da sua lista eleitos para os órgãos sociais entraram no recinto a festejar o êxito.
O empresário, que a 18 de dezembro de 2019 se tinha demitido com outros quatro elementos da direção, decisão que fez a presidência de Vítor Hugo Valente perder o quórum, obrigando à realização de eleições nos 30 dias seguintes, é empossado segunda-feira no Bonfim, pelas 18h00.
No discurso aos associados presentes no pavilhão Antoine Velge, Paulo Gomes deixou a promessa de trabalhar arduamente com a sua equipa em prol do clube. “Esta equipa promete trabalho já a partir de segunda-feira e a partir daí vamos à luta todos os dias. Já hoje estaremos no Jamor a apoiar a equipa no jogo com o Belenenses”.
O novo presidente do Vitória de Setúbal dedicou o triunfo nas eleições ao seu pai Manuel Gomes, de 81 anos, que faleceu na madrugada de quarta-feira. “Esta vitória não podia ser dedicada a outra pessoa que não o meu pai. Tenho a certeza que neste momento está orgulhoso em paz”, disse emocionado.
O clube sadino tem sido notícia nos últimos dias por causa do desentendimento com o Sporting, na sequência da recusa dos leões em adiar o jogo, no passado fim-de-semana, devido a um surto de gripe e a uma virose que afetou vários jogadores do plantel.
Na conferência depois do jogo, o ex-presidente do Vitória anunciou o corte de relações com os leões. Frederico Varandas, por sua vez, disse que só não fazia o mesmo “por respeito ao clube e à sua história” e porque tinha “a expectativa que as pessoas que dirigem o clube deixem de representar o Vitória Futebol Clube até ao final do mês”. O que veio a confirmar-se esta sexta-feira à noite.
ZAP // Lusa