O pastel de nata já não é só nosso. A popularização desta especialidade da gastronomia portuguesa mereceu destaque da Bloomberg.
“Uma sobremesa improvável está a caminho de se tornar tão omnipresente quanto o croissant.” A frase ousada é de uma reportagem, publicada esta segunda-feira na Bloomberg, a agência que analisou o crescimento dos pastéis de nata portugueses, chegando a uma conclusão arrebatadora: já não é só em Portugal que se come este bolo.
O pastel de nata é já um caso de sucesso internacional e não se restringe ao país à beira mar plantado. Se há dez anos esta nossa especialidade estava “limitada à obscuridade“, a iguaria começa agora a surgir em supermercados, confeitarias e padarias de todo o mundo, dos Estados Unidos à Singapura.
No artigo, a simplicidade do bolo – que deve ser comido à mão e não de faca e garfo – e a antiga origem da sua receita, são duas das especificidades mais elogiadas. Além disso, o custo acessível que o pastel de nata tem em Portugal reúne também alguns elogios.
No artigo, é feita também a comparação com os preços praticados nas lojas de Londres, por exemplo, onde uma nata pode custar até três libras, cerca de 3,50 euros. Aliás, é precisamente no Reino Unido onde o impacto das vendas deste doce é bem visível: no ano passado, o Lidl chegou a vender 2.000 pastéis de nata por hora nos seus supermercados britânicos.
O crescimento do pastel de nata reflete, de acordo com a agência, a aposta na promoção feita pelo Governo português para aumentar a exportação deste bolo.
A Bloomberg lembra que, em 2012, o então ministro da Economia Álvaro Santos Pereira defendia que o país devia apostar na exportação do pastel de nata. Na altura, o governante dizia que “os pastéis de nata podem ser tão vendáveis como os churrascos Nando’s ou os hambúrgueres” – e não errou.
Outra das razões para esta ascensão, acrescenta a agência, passa pelo negócio Nata Pura, uma empresa fundada em Vila Nova de Gaia, “que procurou fazer com as natas o que a Dunkin Donuts fez com os donuts”, ou seja, adaptou o doce aos gostos locais, mesmo que isso significasse algum descontentamento dos portugueses que são fiéis à receita original.
Segundo o Público, a Nata Pura foi financiada pela sociedade de capital de risco Portugal Ventures em 2016, e atualmente vende cerca de 500 mil natas por mês em todo o mundo.
Se é Tuga é boooom!!!!!
Lembro-me de ver em diversos meios de comunicação social, gozarem com um ministro que disse que isto podia e deveria ser feito!
Tem toda a razão,no entanto o que chama de gozarem com um ministro ,deveu-se ao valor do produto e não ao facto de ser um bolo.Portugal continua sempre pequenino,enquanto uns são grandes à conta da alta tecnologia(automoveis,quimica,equipamentos e ferramentas industriais,etc…)nós tentamos sobreviver à custa de serviços e produto com pouco valor acrescentado!
Alvaro Santos Pereira 2012
Muito obrigado, não me lembrava com quem nem quando..
Independentemente do valor pecuniario que possa ter, por muito pequeno que seja, nada justifica a atitude. São estas que por vezes limitam e nalgums casos inviabilizam boas ideias que, todas somadas, poderiam contribuir para um pais melhor.