Passadiços do Paiva poderão reabrir em outubro e com entradas pagas

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Depois do incêndio que destruiu parte dos famosos passadiços do Paiva, o Presidente da Câmara Municipal de Arouca, Artur Neves, anunciou que só deverão reabrir no final de outubro ou no início de novembro e que será cobrado “um valor simbólico” a cada visitante.

Dominado apenas esta terça-feira, o incêndio destruiu cerca de 600 metros do famoso troço sobre o rio Paiva, entre a praia fluvial do Vau e Espiunca, pelo que os passadiços estão temporariamente interditos e só voltam a abrir depois da sua total requalificação, avança o Jornal de Notícias.

De acordo com o presidente da Câmara Municipal de Arouca, Artur Neves, os famosos passadiços só deverão estar prontos no final de outubro ou até no início de novembro.

Para além da importância da requalificação, o autarca explicou ao JN que os passadiços só poderão ser reabertos “após as primeiras chuvas, para evitar-se os riscos de potenciais deslizamentos de terras e rochas”.

“Vamos aproveitar este momento para limar algumas arestas e limitar as entradas nos passadiços a 3500 visitantes por dia, para que continuamente não tenhamos esta pressão”, explica Artur Neves.

O prejuízo causado pelas chamas chegou aos 130 mil euros e, segundo o Público, as entradas vão começar a ser cobradas.

O presidente revelou ao jornal que será um “valor simbólico” e não adianta a quantia exata enquanto a medida não for aprovada pelos políticos locais.

Também será criada uma plataforma online para “evitar incógnitas” quanto ao número real de utentes que se encontrem em simultâneo no percurso.

“Já cá tivemos 10 000 pessoas ao mesmo tempo, o que não é sustentável em termos de estacionamento, hotelaria e capacidade dos restaurantes, onde chega a esgotar-se a carne”, observa o presidente.

“Com a nova plataforma, as pessoas indicam em que dia querem vir ao Paiva, fazem a inscrição e, com um código de barras no telemóvel ou outro mecanismo eletrónico assim simples, passam com ele nos controlos que vamos instalar em cada entrada, para assim validarem o acesso”, acrescenta.

O autarca promete que os parques de estacionamento serão redimensionados para dar resposta à grande procura e mostra ainda o desejo de duplicar a extensão dos passadiços, que para já têm cerca de oito quilómetros.

Criar um museu do complexo mineiro de Rio de Frades e uma quinta-museu da raça arouquesa no meio do percurso são outras das vontades do autarca, conta o Público.

“Conhecemos bem o território e já sabíamos que, com esta porção de floresta, isto podia acontecer a qualquer altura, pelo que a situação estava acautelada. Vamos ter que gastar tempo e dinheiro, é verdade, mas também vamos aproveitar estes dois meses de experiência com o passadiço para deixar tudo ainda melhor”, antecipa o autarca.

Inaugurados a 20 de junho deste ano, os passadiços do Paiva já receberam mais de 200 mil pessoas.

ZAP / Lusa

3 Comments

  1. País anedotico…solução para tudo..impostos e taxas; descobriram uma forma de disparar o turismo e comercio de uma pequena cidade interior e esgana-se já a galinha dos ovos de ouro. A loucura inicial abrandará pela certa e depois será um atractivo e um motivo para visitar Arouca…

  2. À boa maneira portuga, tudo o que estiver a dar tem de ser cobrado… É f0dê-los, ninguém vá lá andar nos passadiços e quem inventou esta taxa que vá para lá andar para trás e para a frente …
    É por isto, pela macrocéfala centralização na “capital do império”, pelos lobbyes instalados, pela conspurcação política, e por esta província da desunião europeia ser pior do que o Biafra, que nunca iremos para a frente !!!
    Para o presidente de alguns poortugueses e para os políticos que nos desgovernaram e se governaram desde 1976, ( ppd + cds + ps ) aqui vai uma mensagem simples e pragmática : tenho vergonha e nojo de ser português e quando vou ao estrangeiro, se perguntarem de onde sou, digo que sou espanhol pois assim não passo vergonhas !!!

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