Os candidatos às eleições autárquicas – por partidos ou independentes – vão gastar um total próximo de cinco milhões de euros em brindes para a campanha eleitoral. Só o PS gasta quase dois milhões, mais do que o PSD e o CDS juntos.
Segundo o Jornal de Notícias, os chapéus, isqueiros, esferográficas, lápis, aventais – tradicionais brindes oferecidos durante as campanhas para as autárquicas -, vão custar um total de 4,8 milhões de euros aos partidos.
A partir dos orçamentos entregues pelas candidaturas ao Tribunal Constitucional, o Partido Socialista (PS) é o que mais vai investir nesta forma de marketing político: quase dois milhões de euros.
O PS, que pediu contenção nos gastos das campanhas autárquicas, vai gastar mais 600 mil euros do que o PSD e o CDS juntos. Com uma grande proporção de candidatos independentes nestas autárquicas, as contas do JN indicam que estes irão gastar em brindes, no total, cerca de 636 mil euros. A CDU gasta 500 mil euros e o Bloco de Esquerda 7,3 mil euros.
Quanto a candidaturas específicas, o que vai gastar mais é Ricardo Rio, candidato do PSD/CDS/PPM à Câmara Municipal de Braga, com valores de 110 mil euros em brindes, um valor explicado pelo número elevado de uniões administrativas (37).
Mas essas uniões administrativas representam 62 antigas freguesias e, portanto, foi atribuído um teto máximo de mil euros por cada uma. O que sobra é para a própria candidatura de Ricardo Rio, à Câmara, e para o IVA, explicou a candidatura.
Por outro lado, são várias as candidaturas que deixaram de gastar dinheiro em brindes, como é o caso de Jorge Magalhães, candidato do PSD a Matosinhos. Também na região Norte, a candidatura de Rui Moreira ao Porto apenas vai oferecer chapéus de palha.
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