O II Congresso do partido Livre aprovou este domingo por unanimidade a alteração da designação para Livre/Tempo de Avançar, que deverá constar no boletim de voto com a sigla ‘L/TDA’, e um referendo interno sobre as eleições presidenciais.
“O Congresso foi essencialmente estatutário e de organização e realizou-se nesta altura porque queríamos garantir que os eleitores irão encontrar nos boletins de voto a designação Livre/Tempo de Avançar”, afirmou à Lusa Rui Tavares, do Livre, argumentando que esta decisão mostra que “há um partido que se abriu a uma candidatura cidadã”.
Reunido na Costa de Caparica, no concelho de Almada, o partido aprovou por unanimidade a alteração do nome que terá como sigla L/TDA, um processo que seguirá agora para o Tribunal Constitucional, de foram a poder concorrer às legislativas com essa designação.
No dia 28 junho em Lisboa haverá um “Congresso político, realizado no modelo de abertura a outras organizações, que virão ao congresso”, acrescentou Rui Tavares.
No Congresso realizado este domingo foi aprovada uma resolução sobre as eleições presidenciais que aponta para a realização de um referendo interno e uma consulta ao Tempo de Avançar, formação com que concorrem às legislativas na “candidatura-cidadã Livre/Tempo de Avançar“.
“Aprovámos uma resolução sobre presidenciais na qual é dada nota de que o instrumento do referendo já existe, e foi pensado para este tipo de situações em que os partidos não participam, mas podemos querer auscultar membros e apoiantes para saber que candidato ou candidata apoiar”, afirmou.
“Nós enquanto partido estamos concentrados nas legislativas”, declarou, sublinhando, contudo, o empenho em eleger “um Presidente da República progressista que ajude a romper com o ciclo de conservadorismo”.
A resolução aprovada não tem um calendário para a realização do referendo interno, disse.
O Congresso do Livre aprovou também as primárias para todos os círculos eleitorais, que contarão com uma regra de “ficha limpa”, ou seja, os “condenados por corrupção, abuso de poder e peculato não poderão candidatar-se“.
“Primeira vez na história da democracia portuguesa a feitura das listas não estará nas mãos de um diretório partidário”, declarou.
Rui Tavares disse que ainda não há candidatos anunciados às primárias, que terão de apresentar-se no dia 25 de Abril, como já tinha sido anunciado na semana passada.
A candidatura cidadã Livre/Tempo de Avançar junta o partido Livre e as associações Fórum Manifesto, dos ex-bloquistas Ana Drago e Daniel Oliveira, e Renovação Comunista.
Fazem ainda parte da candidatura L/TDA o Movimento de Intervenção e Cidadania do Porto (MIC-Porto) – participante na candidatura presidencial do histórico socialista Manuel Alegre – e outras personalidades da esquerda envolvidas no “Manifesto 3D” e Congresso Democrático das Alternativas, como Boaventura Sousa Santos, Isabel do Carmo, José Castro Caldas, Pilar del Rio ou Ricardo Sá Fernandes.
/Lusa
Se o programa for como a sigla não chegam lá!