Paulo Novais / Lusa
Iniciativa Liberal confiante, apesar da saída de diversas pessoas. 25 de Novembro vai ser assinalado: “Mário Soares ficaria muito triste”.
Pela segunda vez neste ano, a Iniciativa Liberal (IL) ficou sem vários elementos de uma só vez.
25 elementos anunciaram a sua saída: “Não foi isto que nos prometeram”, explica o comunicado que envolve antigos candidatos autárquicos e conselheiros nacionais.
Apesar das saídas e das críticas, que apontam para uma IL que se transformou numa “caricatura” do que prometia em 2019 e que se transformou num “partido do regime, sem rasgo nem ambição”, Angélique Da Teresa está tranquila e confiante.
A vice-presidente da IL começou por dizer que tem “imensa pena que as pessoas sintam necessidade de sair”, lembrando que qualquer pessoa é livre para entrar, mas também para sair.
No entanto, revelou, há sinais positivos para as eleições de Março: “Quero destacar o saldo positivo de entradas de novos membros na Iniciativa Liberal. Aliás, desde a convocação de eleições antecipadas que temos tido uma enorme afluência. É isso que quero destacar”.
25 de Novembro
Nesta entrevista à rádio TSF, Angélique revelou que a IL vai assinalar – como sempre – o 25 de Novembro. Neste sábado vai haver jantar comício no Porto.
“Vai ser uma festa em grande. Inclusive tivemos de mudar de local porque atingimos a lotação máxima“, explica Angélique Da Teresa.
Rui Rocha, líder do partido, já tinha dito que a IL “é o único partido que celebra com igual entusiasmo o 25 de Novembro e o 25 de Abril”.
A data do 25 de Novembro não faz parte das comemorações oficiais dos 50 anos do 25 de Abril. Angélique Da Teresa não concorda: “O PS está completamente entregue à extrema-esquerda. Não quer arranjar discordância com partidos dos quais poderá precisar no futuro”.
E lembrou Mário Soares na sua análise: “Mas é uma pena, porque o 25 de Novembro é um marco histórico, no qual o Partido Socialista teve uma participação muito importante. Inclusive um dos seus fundadores, Mário Soares, era um grande adepto da celebração do 25 de Novembro. Estou certa de que, se estivesse vivo, olharia para esta decisão com muita mágoa e muita tristeza“.
