Numa visita ao local, esta tarde, Marcelo Rebelo de Sousa mostrou-se satisfeito com o acordo a que chegaram as autarquias e Governo.
A realização da Jornada Mundial da Juventude em Lisboa tem sido notícia ao longo dos últimos dias pela aparente discórdia sobre quem deverá suportar os custos inerentes ao evento: a Câmara Municipal de Lisboa ou o Governo. Esta tarde, uma visita que deveria ter sido para amenizar os ânimos contou com a participação do Presidente da República, da ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, dos presidentes das duas câmaras (Lisboa e Loures) e do bispo que preside ao Comité de Organização Local.
No entanto, o que saiu do encontro foi a sensação de que continuam a existir tensões entre as partes envolvidas e que a vontade é manter em segredo os valores acordados para a realização do evento, previsto para entre 1 e 6 de agosto do próximo ano.
Quando questionada pelos jornalistas presentes, Ana Catarina Mendes escusou-se a avançar números concretos sobre o valor do investimento, justificando a falta de informações com o facto de não ter consigo o memorando de entendimento. De acordo com o jornal Público, Ricardo Leão, autarca de Loures, afirmou que este será assinado “em breve“.
Ainda assim, o socialista revelou que a sua Câmara deverá ficar responsável por uma fatia de 16 milhões de euros, dos quais 11 milhões serão destinados à ponte ciclo-pedonal sobre o rio Trancão. Do lado da Câmara de Lisboa, a despesa prevista é de 22 milhões de euros, apesar de se assumir que a verba poderá aumentar até aos 35 milhões.
Ainda segundo o Público, as duas parcelas já atingem os 50 milhões de euros que a Conferência Episcopal previa inicialmente, em 2019, mas que à luz da inflação atual deverá aumentar – para além de não incluir, por exemplo, o custo da retirada dos contentores do Complexo Logístico da Bobadela, espaço onde ficará instalado o parque de campismo que albergará quase dois milhões de jovens para o evento. Inicialmente, a Infraestruturas de Portugal previa um investimento de seis milhões de euros
No entanto, e tal como avança a mesma fonte, num documento subscrito pelas câmaras de Lisboa e de Loures, já se estimava que o custo total da relocalização do terminal de contentores fosse de 90 milhões de euros, já incluindo as obras necessários para a solução de substituição.
140 milhões antes da inflação e das derrapagens do costume, mas não tem mal porque o Papa vem rezar pelos bem-aventurados pobres.