Os pais da criança que morreu ao cair num poço dizem que estão a ser ameaçados pelo dono do terreno, depois de este ter sido acusado de homicídio por negligência.
Segundo o El Español, Vicky e José, pais de Julen, o menino de dois anos que caiu em janeiro num poço em Totalán, na cidade espanhola de Málaga, estão a ser ameaçados pelo dono do terreno, David Serrano, depois de ter sido acusado de homicídio por negligência.
Em declarações ao El Programa del Verano, a progenitora contou que é insultada por David quando vai ao cemitério e diz sentir medo. O pai corroborou as acusações no programa Espejo Público. “Já vi centenas de vezes a minha mulher a chorar porque se encontrou com algum familiar que a insultou. Não posso dizer que seja mentira”.
O dono do terreno, por sua vez, desmentiu estas acusações. “Lamento muito o que estão a passar. Sei que é uma situação difícil, sobretudo para eles, mas daí a insultar alguém… as pessoas que me conhecem sabem que é mentira. Ninguém tem de ter medo de mim”.
Além dos insultos, conta o jornal espanhol, a família da criança assegura que Serrano acelera e aumenta o volume da música quando passa de carro ao lado de sua casa.
A autópsia realizada a Julen determinou que a criança morreu devido à queda. O dono do terreno e o responsável pela construção contradizem-se nas suas versões. Serrano afirma que foi ele quem cobriu o poço com dois pedregulhos. O empresário António Sánchez, por sua vez, diz que foi ele a tapar o poço com uma pedra de 15 quilos.
A defesa de Serrano já recorreu da acusação feita pelos tribunais, argumentando que este alertou o pai de Julen para o facto de existirem várias prospeções de poços no terreno, que podiam estar abertas.