Os cientistas Alain Aspect, John F. Clauser e Anton Zeilinger são os distinguidos com o Prémio Nobel da Física de 2022 pelo seu contributo para o desenvolvimento de nova tecnologia, como os computadores quânticos ou a segurança encriptada quântica.
O júri do Nobel da Física destacou o trabalho em “experiências com fotões entrelaçados, instituindo a violação das desigualdades de [John] Bell e tornando-se pioneiros na ciência da informação quântica”. O prémio tem um valor de dez milhões de coroas suecas (927 mil euros).
Alain Aspect (Universidade Paris-Saclay, França), John Clauser (Universidade da California, Estados Unidos) e Antoin Zeilinger (Universidade de Viena, Áustria) criaram uma base experimental que permite manipular os estados quânticos, destacou o Público.
Os físicos conduziram várias experiências revolucionárias no entrelaçamento quântico, um estado em que duas partículas conseguem agir coordenadas mesmo que estejam a quilómetros de distância.
Esse fenómeno, que não respeita algumas das principais leis da física, permite a comunicação quântica – envio de mensagens entre vários locais do espaço, mesmo em órbita, sem depender de cabos nem tempos de espera enormes.
Em 2021, os premiados na Física foram Syukuro Manabe e Klaus Hasselman, pelo estudo do impacto da humanidade no clima da Terra, e Giorgio Parisi, pelos trabalhos sobre os efeitos da desordem e das flutuações.
O Prémio Nobel da Física é o segundo a ser anunciado, depois de ter sido anunciado na segunda-feira o vencedor do Nobel da Medicina: Svante Pääbo, cientista sueco pioneiro na aplicação da genética ao serviço de espécies humanas já extintas.
Na quarta-feira será conhecido o prémio na área da Química; na quinta-feira da Literatura e da Paz e, na próxima segunda, da Economia.
O Prémio Nobel foi criado em 1895 por Alfred Nobel, tendo sido distinguidas até à data 975 pessoas. Entre os vencedores há 59 mulheres. Os galardões são atribuídos anualmente pela Academia Real das Ciências da Suécia, pelo Comité do Nobel e pelo Instituto Karolisnka.