Pais anti-vacinas ficam sem custódia do filho

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Marco Verch / Flickr

Vacina Pfizer anti-covid

Um bebé precisava de uma cirurgia urgente mas, como o sangue necessário poderia vir de dadores vacinados, os pais recusaram avançar.

As vacinas recordistas, contra a COVID-19, deixaram muitas pessoas desconfiadas.

Precisamente pelo recorde, pelo (pouco) tempo em que foram produzidas e distribuídas; e porque muita gente continua a pensar que o coronavírus foi fabricado, ou que é uma fraude.

Já surgiram casos mediáticos, com consequências para a pessoa que se recusa vacinar. No desporto, por exemplo, o tenista Novak Djokovic preencheu as notícias imensas vezes.

Agora o foco é a Nova Zelândia – e com consequência muito mais importante do que ausências de torneios desportivos.

Um bebé neozelandês, de meio ano de idade, precisava de uma cirurgia urgente para corrigir um problema cardíaco. Um caso de vida ou morte.

Precisava de transfusão de sangue e esse sangue poderia vir de dadores que estão vacinados contra o coronavírus.

Por isso, os pais recusaram realizar a intervenção. Os pais do bebé são anti-vacinas e só aceitavam dadores de sangue que não estejam vacinados, porque consideram que pode não ser seguro receber sangue de pessoas vacinadas.

Por isso, as autoridades neozelandesas ficaram temporariamente com a custódia de um bebé, na quarta-feira passada.

O Tribunal Superior de Auckland anunciou esse veredicto, o que permitiu a realização da operação.

O tribunal justificou a decisão: “A questão primordial é se o tratamento proposto é do melhor interesse do bebé”.

“Ele continua a precisar urgentemente de uma operação; e todos os dias que a operação é adiada, o seu coração está sob tensão”, cita o jornal The Washington Post.

O Tribunal fica com a “tutela médica” do bebé até à recuperação total da cirurgia, no máximo até ao final de Janeiro.

Os pais continuam a ser os tutores “para todos os outros propósitos”. E vão ser sempre informados sobre o desenvolvimento da situação do seu filho.

Os pais não apresentaram recurso. Mas, de acordo com o sistema de saúde local, estavam a criar obstáculos para os médicos, na preparação para a operação.

A cirurgia já foi realizada na sexta-feira passada e correu bem.

Na manhã da cirurgia, dezenas de pessoas manifestaram-se contra as vacinas à porta do hospital.

ZAP //

1 Comment

  1. São agora filhos da Pfizer.

    É assim tão difícil aceitar que ajam pessoas que queiram sangue de pessoas não injectadas?

    Concerteza ATÉ os pais arranjavam pessoas que davam sangue e pronto, problema resolvido.

    Algo tão simples de solucionar e resolvia a questão… mas pronto são logo apelidados de “anti-vacinas”, enfim.

    Tem que se tomar “aquilo” quer se queira ou não…
    o que aquilo tem ainda vamos saber, pode não ser nada, pode ser algo.

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