O Ministério Público está a investigar um padre de Vila Real que é suspeito do desvio de cerca de 1,5 milhões de euros da Cáritas Diocesana. A Diocese está também a investigar o caso, bem como o facto de o sacerdote ter assumido a paternidade de duas filhas.
O padre Ernesto Lúcio, que faz parte da Diocese de Vila Real, está a ser alvo de uma investigação do Ministério Público, sob suspeitas de ter desviado quase 1,5 milhões de euros da Cáritas Diocesana, noticia esta quarta-feira o Correio da Manhã.
O sacerdote, que coordenou a Cáritas Diocesana durante dez anos, já pediu o seu afastamento da entidade e também da Igreja, solicitando um ano de licença sabática.
O bispo de Vila Real, D. Amândio Tomás, terá já instaurado um processo canónico ao padre, para investigar o alegado desvio de fundos. Mas a Diocese deverá, igualmente, analisar o facto de o sacerdote ter assumido a paternidade de duas filhas, com 14 e 16 anos, no âmbito de um relacionamento com uma juíza do Porto.
O advogado do padre Ernesto Lúcio, no entanto, relativiza esta última questão. “Gostar de mulheres não é crime. A Igreja deve dar um passo em frente e deixar os padres casar”.
Entretanto, refere o CM, o sacerdote ter-se-á despedido dos paroquianos frisando ter cometido “umas asneiras”, mas negando quaisquer ilegalidades. O jornal acrescenta que o padre é sócio-gerente de várias empresas, nomeadamente de “um lar, uma sociedade imobiliária, uma empresa de químicos e uma empresa de minério”.