Padrão dos Descobrimentos vandalizado. Um ano e 2300 euros depois, não há arguidos

António Cotrim / Lusa

Suspeita foi identificada logo no dia seguinte. Mas continua a entrar em Portugal sem qualquer restrição.

Foi uma notícia invulgar que preencheu o Verão passado, em Portugal: o Padrão dos Descobrimentos foi vandalizado.

Ao longo de diversos metros, lia-se uma mensagem em inglês: “Blindly sailing for monney, humanity is drowning in a scarllet”.

Numa tradução livre, li-a-se que “navegando cegamente por dinheiro, a humanidade está a afundar-se num mar vermelho”.

Uma suspeita foi identificada logo no dia segunte. Uma jovem francesa, que saiu logo de Portugal, e que apresentou um vídeo do grafitti na sua conta no Instagram.

A estudante chama-se Leila Lakel e, mais de um ano depois do incidente (a 8 de Agosto do ano passado), continua a entrar em Portugal à vontade.

O jornal Público recorda a vandalização de um dos monumentos portugueses mais conhecidos e revela que ainda não há qualquer arguido. Sem justificação para tal.

Foi aberto um inquérito por parte do Ministério Público, a Polícia Judiciária iniciou a investigação mas não foi emitido qualquer mandado de detenção europeu, até agora.

O Padrão dos Descobrimentos não está classificado do ponto de vista patrimonial – e isso deverá travar a acusação por dano qualificado.

Mas os elevadores da Carris, que também foram vandalizados por Leila e seu namorado, têm estatuto de monumentos nacionais. E poderá ser aplicada uma pena de prisão de oito anos.

A limpeza do Padrão dos Descobrimentos, executada horas depois da pintura, custou 2.300 euros mais IVA.

ZAP //

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