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Os rios de Marte afinal são só correntes de ar com areia

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Goddard Space Center / NASA

Uma nova interceptação dos dados obtidos em 2011 pela sonda Mars Reconnaissance Orbiter (MRO) concluiu que aquilo que inicialmente tinha sido considerado rios no planeta vermelho não passa, na realidade, de correntes de ar carregadas de areia, informou a NASA.

“As marcas escuras em Marte, anteriormente consideradas como uma prova de correntes de água na superfície do planeta, foram interpretadas por uma nova pesquisa como fluxos granulares, nos quais grãos de areia e pó caem ladeira abaixo, criando leitos escuros”, afirmou nesta segunda-feira a NASA em comunicado.

As conclusões dessa nova análise, que foi publicada hoje pela revista “Nature Geoscience“, descartam, além disso, a presença suficiente de líquido em Marte.

“Considerávamos esses fluxos como correntes de água, mas o que vemos nessas encostas responde mais ao que poderíamos esperar de areia seca”, afirmou Colin Dundas, autor do artigo e membro do Departamento de Pesquisa Geológica do Centro de Ciência Astrológica de Flagstaff, no Arizona.

De acordo com Dundas, as imagens feitas pela potente câmera do MRO mostram que não existe inclinação suficiente para gerar leitos para que a água se deslocasse de forma regular. Desse modo, o movimento detetado pode ser atribuído à areia a cair na região.

Milhares desses leitos, chamados de fluxos interminentes por aparecerem somente na estação mais quente do planeta, tinham sido detetados em mais de 50 regiões de Marte, gerando uma grande expectativa sobre a presença de água.

Essas conclusões contradizem a teoria defendida até ao momento pela própria NASA que, em 2015, disse ter provas da existência de água em Marte.

Com um espectómetro instalado na sonda, os cientistas detetaram sinais de minerais hidratados em montanhas marcianas nas quais foram percebidas essas “raias” misteriosas.

Essas raias, que ficam escuras nas estações mais quentes, são as que os especialistas acreditaram que fosse água a fluir pelos montes de Marte, que, segundo Dundas, são apenas areia.

// EFE

1 Comment

  1. E é para lá que a classe política mundial está tentada em arranjar um local hospitaleiro para receber a humanidade enquanto por cá se entretêm a destruir o belo planeta que temos ou no mínimo assobiam para o lado fazendo de conta que nada de anormal se está a passar por cá, isto é ser-se estúpido demais!.

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