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Os carros autónomos já têm o seu dilema: matar peões ou passageiros?

O dilema moral de ter que decidir quem matar em caso de acidente é uma questão que tem vindo a ser abordada relativamente aos automóveis autónomos, e um estudo do MIT mostra que a questão nem sequer consegue ser respondida por pessoas.

Esta questão coloca-nos perante diversos cenários hipotéticos, onde numa situação de acidente o carro tenha que escolher entre proteger a vida dos ocupantes mas, ao fazê-lo, possa matar outras pessoas; ou se deverá dar prioridade às outras pessoas, podendo matar os ocupantes do veículo.

Se esta situação por si só já seria complicada, depressa se complica mais no momento em que entrem em jogo outras variáveis – como se a pessoa ou pessoas a matar forem idosas, ou criminosos, ou bebés, ou pobres, ou ricos.

Isso influenciaria a decisão?

Os resultados do estudo, realizado por investigadores do MIT e publicado na revista Science, revelam que os próprios humanos têm uma perspectiva bastante curiosa sobre o assunto, pois a maioria das pessoas acha que os carros deveriam proteger os peões e sacrificar os ocupantes…

Mas curiosamente essa opinião muda no momento em que os inquiridos têm que decidir a compra de um veículo autónomo – e aí já só comprariam um carro que protegesse os ocupantes e sacrificasse os peões.

Enquanto muitas empresas e profissionais tentam chegar a um consenso sobre qual deve ser o padrão adotado pela indústria, a Mercedez-Benz já tomou o partido de um dos lados: o do condutor.

A construtora diz que os seus automóveis vão salvar o condutor e os ocupantes da viatura, mesmo que isso signifique sacrificar quem está do lado de fora.

“Se pode salvar pelo menos uma pessoa, salve-a. Salve a que está no automóvel“, simplificou Christoph von Hugo, director de segurança dos automóveis autónomos da Mercedes.

Acha que tem a resposta certa para este clássico dilema? Então responda ao inquérito do MIT — e avalie por si.

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