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Ordem pagou 36 mil euros à SIC para ter uma enfermeira em telenovela

Ordem dos Enfermeiros

Actriz Liliana Santos fala do papel de enfermeira na telenovela da SIC “Nazaré”

A Ordem dos Enfermeiros patrocinou uma das personagens da telenovela da SIC “Nazaré”, concretamente a enfermeira Cláudia que é interpretada pela actriz Liliana Santos. Uma decisão motivada pelo interesse em dignificar e promover a profissão, segundo a Bastonária.

O contrato publicado no portal BASE revela o patrocínio de 36.080 euros da Ordem dos Enfermeiros (OE) à telenovela da SIC “Nazaré”, no âmbito da personagem interpretada por Liliana Santos, uma enfermeira num centro de dia.

“Esta situação está inscrita na estratégia de divulgação e dignificação da profissão“, explica ao Público a bastonária da OE, Ana Rita Cavaco, notando que “não foi por acaso que a palavra ‘enfermeiro’ foi escolhida como a palavra do ano em 2018”.

A decisão visa também “pôr a sociedade a pressionar o poder político para as questões que têm envolvido a profissão”, acrescenta Ana Rita Cavaco, reforçando que pretende, igualmente, “retratar a profissão com tudo o que ela tem inerente para saber o que faz um enfermeiro”.

Realçando que outras entidades, como a EMEL, também patrocinam personagens em telenovelas, a bastonária sustenta que “esta é uma estratégia que visou romper com a linha seguida pela anterior direcção”.

O Público revela ainda que a OE pagou 70 mil euros por dois pareceres no âmbito da sindicância ordenada pelo Ministério da Saúde em Abril passado, que determinou haver fundamentos para dissolução dos órgãos da Ordem.

Um dos pareceres foi assinado pelo professor Catedrático na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Paulo Manuel Cunha da Costa Otero, versando questões jurídico-administrativas e jurídico-constitucionais e custou 50 mil euros.

O outro parecer visou o processo de sindicância em si e foi contratado à ASP – Formação e Consultoria, Unipessoal por 20 mil euros.

Pagámos o que as pessoas pediram para fazer o trabalho”, destaca no Público Ana Rita Cavaco, salientando que a OE não podia “ficar de braços cruzados depois do ataque da ministra da Saúde”. “Os pareceres foram para defesa da OE”, conclui.

ZAP //

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