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ONG secreta acolhe e desculpabiliza padres acusados de pedofilia

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Opus Bono Sacerdotii é uma organização não-governamental que recebe padres que foram excluídos do sacerdócio após acusações de abuso sexual e pedofilia.

Além de receber os padres acusados de abuso sexual e pedofilia, a Opus Bono Sacerdotii também desculpabilizar os seus comportamentos. Eduard Perrone e Joe Maher tornaram-se as caras desta organização que tem ajudado a defender os padres acusados destes crimes.

Uma recente investigação da Associated Press (AP) provou que, apesar de ser uma organização sem fins lucrativos, o objetivo era enriquecer os fundadores e os diretores. A Opus Bono Sacerdotii opera praticamente em segredo em zonas rurais no estado do Michigan, nos Estados Unidos. Lá, os padres excluídos encontram refúgio, comida, transporte, emprego e ajuda legal.

O trabalho de investigação da AP descobriu também que, embora a igreja católica norte-americana condene publicamente os atos destes padres, lugares cimeiros da hierarquia continuam a encontrar-se com os padres excomungados e enviam-lhes grandes quantias de dinheiro.

Eduard Perrone, um dos fundadores da Opus Bono Sacerdotii, defende padres acusados de crimes, mesmo quando alguns deles se confessam culpados. Num dos casos, um padre admitiu ter violado 50 crianças entre os anos 80 e 90, refere o jornal Expresso.

Noutro caso, o padre Komlan Dem Houndjame foi recebido na organização, apesar de ter recebido queixas de abuso sexual em Detroit e na Flórida. Perrone aconselhou uma das mulheres que acusou Houndjame a “ignorar tudo” e continuar com a sua vida, sem ligar às investidas do padre.

Houndjame acabou por ser preso pelas autoridades, mas viria a sair em liberdade, sendo ilibado por falta de provas. Joe Maher, o outro cabecilha da Opus Bono Sacerdotii, foi a voz ativa na defesa do padre de origem togolesa e até o convidou para viver com a sua família.

Depois do caso de Houndjame, vários padres procuraram os serviços desta organização, em ajuda na defesa legal contra acusações de abuso sexual e pedofilia ou à procura de refúgio após serem excomungados.

O próprio cerne da organização estava corrompido, já que Eduard Perrone foi também acusado de abusar adolescentes e, consequentemente, retirado do sacerdócio. Já Joe Maher e outro dos fundadores, Peter Ferrera, foram afastados da ONG por terem sido considerados culpados de usarem de forma imprópria os fundos doados.

A AP encontrou ainda ligações entre o Vaticano e a Opus Bono Sacerdotii. Edwin O’Brien, antigo bispo de Baltimore e atual funcionário do Vaticano, confessou ter enviado dinheiro para a organização “pelo cariz solidário dos seus atos”.

A própria filha de Joe Maher, Mary Rose, escreveu ao procurador-geral do Michigan oferecendo provas contra a organização do pai. “Uma pequena incursão nos registos do Opus Bono vai revelar milhões de dólares de fraude, anos de fraude por correio, e o sistemático uso danoso das doações das pessoas”, referiu Mary Rose.

ZAP //

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5 Comments

  1. Réplica de uma O.P.P.P. (organização de proteção a pedófilos políticos) portuguesa, que obteve extraordinário sucesso no desmentido e “branqueameto” de comportamentos pedófilos e sodomitas, a LAVANDARIA CASA PIA..

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