Investigações têm outro entrave, além dos 800 anos de distância: o antigo imperador é uma religião local.
Fundador do Império Mongol, muito provavelmente o maior império de sempre no planeta Terra.
Conquistador impiedoso, guerreiro temido por todos.
Super-pai e antepassado directo de 16 milhões de homens, ainda hoje.
Mas ainda há muito por descobrir sobre o que aconteceu a Genghis Khan. Morreu porquê? E o seu túmulo está onde?
Genghis Khan morreu em 1227, indicam os vestígios da História. Mas morreu onde? Está onde? Teve direito a uma pirâmide como no Egipto, ou a um mausoléu como na China?
Não se sabe. A localização do seu túmulo de Genghis Khan é desconhecida.
Não há registos históricos ou arqueológicos. E, mais recentemente, nem imagens de satélite chegaram lá.
E dificilmente será encontrado, nos próximos tempos.
Além dos quase 800 anos que nos separam da sua morte, há um entrave extra nestas investigações arqueológicas: a vontade do povo da Mongólia, destaca a revista Live Science.
Muitos locais não estarão interessados em que o túmulo do antigo imperador seja descoberto porque Genghis Khan, ainda hoje, é um deus. É uma religião.
Por isso, o seu túmulo “é muito importante para o povo da Mongólia, com conotações quase religiosas“, de acordo com o professor de antropologia, William Honeychurch, que nem deixa especulaco sobre a localização do túmulo.
A professora Nancy Steinhardt acredita que Kahn foi sepultado na região onde nasceu, Khentii. “Mas acho que não será encontrado tão cedo”, avisou.
Há quem suspeite de que esteja na China, local do conflito no momento da sua morte.
“Subiu aos céus“, lê-se num registo local, escrito há séculos.
Entretanto, logo na altura, poderão ter sido assassinadas 20 mil pessoas que sabiam da localização do túmulo. Tudo para manter o segredo e o seu patamar.