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Consumir alimentos com ómega-3 pode aumentar a esperança de vida em cinco anos

Um novo estudo indica que ter altos níveis de ómega-3 no sangue pode aumentar a esperança de vida de um indivíduo em cinco anos.

De acordo com o novo estudo, publicado The American Journal of Clinical Nutrition a 16 de junho, o aumento do consumo desta substância está associado a uma mudança no risco de mortalidade semelhante a parar de fumar.

Para realizar a pesquisa, os investigadores usaram dados de um grupo de estudo de longa duração, o Framingham Offspring Cohort, que desde 1971 monitoriza moradores desta cidade de Massachusetts, nos Estados Unidos.

Os cientistas descobriram que altos níveis de ómega-3 nos glóbulos vermelhos são bons indicadores que podem diminuir o risco de mortalidade.

O estudo conclui que “ter níveis mais elevados desses ácidos no sangue, como resultado da inclusão regular de peixes gordos na dieta, aumenta a expectativa de vida em quase cinco anos”, ressalta Aleix Sala-Vila, um dos autores do estudo.

Foram analisados dados sobre os níveis de ácidos graxos no sangue em 2.240 pessoas com mais de 65 anos, que foram monitorizadas ao longo de uma média de onze anos.

O objetivo era perceber quais seriam os ácidos graxos que funcionam como bons preditores de mortalidade, além dos fatores já conhecidos. Os resultados indicam que quatro tipos de ácidos graxos, incluindo o ómega-3, cumprem esse papel.

Curiosamente, dois desses ácidos graxos saturados são tradicionalmente associados ao risco cardiovascular, mas neste caso acabam por ajudar a aumentar a expectativa de vida, o que leva a que Sala-Vila considere que “nem todos os ácidos graxos saturados são necessariamente maus”.

Os resultados podem contribuir para a personalização das recomendações dietéticas de ingestão alimentar, a partir das concentrações sanguíneas dos diferentes tipos de ácidos graxos, refere o estudo.

“O que descobrimos (…) reforça a ideia de que pequenas mudanças na dieta podem ter um efeito muito mais poderoso do que pensamos, e nunca é tarde ou cedo para fazer essas alterações”, sustenta Sala-Vila.

Agora, escreve o SciTechDaily, os especialistas vão analisar os mesmos indicadores em grupos populacionais semelhantes, mas de origem europeia, para perceberem se os resultados obtidos também podem ser aplicados fora dos Estados Unidos.

A American Heart Association recomenda comer peixes gordos, como salmão, anchovas ou sardinhas – alimentos que são ricos em ómega-3 – duas vezes por semana, devido aos seus benefícios para a saúde.

Ana Isabel Moura, ZAP //

 

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