O “oitavo continente” pode vir a recolher e reciclar plástico dos oceanos

Um grande laboratório de investigação, flutuante e autossustentável, do tamanho de uma ilha, pode ser a próxima grande novidade no que toca a limpeza dos oceanos.

Este intitulado “oitavo continente” ganhou o Grande Prémio de 2020 de arquitetura e inovação do mar.

Este “continente flutuante” foi idealizado para que os seus operadores vivam, trabalhem, comam, durmam e estudem em tempo integral nele.

Com a aparência de um nenúfar, esta estação marinha estaria acorrentada ao fundo do mar, embora conseguisse flutuar nas correntes oceânicas.

Segundo a Euronews, o objetivo é que o “oitavo continente” leve a cabo uma série de atividades com a missão principal de limpar a Grande Mancha de Lixo do Pacífico.

A Mancha é composta por 1.6 milhões de metros quadrados de lixo à tona do Oceano, cerca de 79 mil toneladas de restos de plástico.

Num estudo recente, Linsey Haram, ecologista e investigadora do National Institute of Food and Agriculture, sugere que há cada vez mais espécies costeiras a expandirem-se para o território formado por resíduos do consumo humano.

Marko Margeta

“O oitavo continente”.

“Estava a pesquisar espécies marinhas, animais e também plantas. E estava a estudar como é que elas interagem com ambientes aquáticos, como é que podem recolher energia e como é que trabalham com nutrição”, disse Lenka Petráková, designer da Zaha Hadid Architects e vencedora do prémio de arquitetura.

Os três “tentáculos” da estrutura não só recolhem o plástico como convertem a energia das marés em eletricidade. Além de jardins hidropónicos e uma central de dessalinização, o “oitavo continente” tem ainda três centros de investigação e educação.

Petráková acredita que Elon Musk seria o patrono ideal para dar vida a este projeto que ainda está numa fase meramente embrionária.

“Acredito que Elon Musk seria um grande patrocinador para o projeto, dada a sua energia e entusiasmo para levar a tecnologia adiante e procurar novos territórios”, disse Petráková numa entrevista ao portal STIRworld.

Daniel Costa, ZAP //

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