Oeste está prestes a ser a primeira região com transportes rodoviários grátis

A medida abrange apenas os transportes rodoviários, com os passes ferroviários a ficarem de fora.

A região Oeste avança com uma medida pioneira em 2025: a implementação de um passe regional gratuito para os transportes rodoviários, beneficiando os 365 mil habitantes dos 12 concelhos que integram a Comunidade Intermunicipal do Oeste (OesteCIM). Esta iniciativa marca a primeira experiência do género no país.

O Passe M permitirá deslocações ilimitadas dentro da região, abrangendo os três principais operadores rodoviários: Rodoviária do Oeste, Barraqueiro Oeste e Boa Viagem. Além disso, os passes combinados com a Área Metropolitana de Lisboa (AML) terão uma redução significativa, passando dos atuais 70 a 80 euros para 40 euros mensais, explica o Público.

Contudo, persistem desafios. As ligações entre a região Oeste e a AML continuam limitadas, com os passes a abranger apenas o Metro e a Carris dentro dos limites administrativos de Lisboa. Isso obriga estudantes e trabalhadores a adquirir dois passes, o que eleva o custo mensal para 110 euros.

A gratuitidade também se aplica aos menores de 23 anos, mesmo nos passes combinados com outras regiões. A medida tem um custo previsto de 13 milhões de euros anuais em compensações às operadoras, que, em contrapartida, irão aumentar a oferta de serviços devido à esperada subida da procura.

Outra inovação é a flexibilização do modelo do Passe M, semelhante ao Navegante Metropolitano, permitindo aos utilizadores escolher livremente os trajetos dentro da região. Nos percursos inter-regionais com paragens intermédias, a gratuitidade será garantida apenas nos trechos dentro do Oeste.

A OesteCIM também tem planos para adquirir 51% da Rodoviária do Oeste, visando reforçar a oferta de transportes públicos. A aprovação final está pendente da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT).

Apesar da abrangência da medida rodoviária, o serviço ferroviário ficou de fora. Embora exista o Passe Ferroviário Verde de 20 euros, problemas como a obsolescência do material circulante e atrasos nas obras continuam a penalizar a competitividade face aos transportes rodoviários.

ZAP //

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