Portugal está num grupo de 19 em 30 países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) que incluiu os professores e auxiliares das escolas nos grupos prioritários para a toma da vacina contra a covid-19, segundo um estudo divulgado esta semana pela entidade.
Como noticiou esta segunda-feira o Público, no relatório, o processo de vacinação dos professores é avaliado com os dados de março de 2021 e num contexto inicial de escassez de vacinas, com registos recolhidos entre março e dezembro de 2020 e tendo por base um inquérito realizado a 34 dos 37 países da OCDE.
Na maioria desses países foram estabelecidos critérios. Em Portugal, a vacinação começou em 27 de março pelos professores do pré-escolar e do 1º ciclo. Na Alemanha, na Lituânia, na Polónia, na Eslovénia e em Espanha o critério foi definido em função do nível escolar. Já a Letónia definiu como prioritários o pré-escolar e os professores do ensino especial.
Dos 19 países que deram prioridade aos professores, a maioria respeitou a idade, com a Áustria, a Colômbia, o Chile, a República Checa, a Alemanha, a Hungria, a Eslovénia e a Letónia a chamar primeiro os professores mais velhos. Nos 11 restantes países o calendário é o mesmo do resto da população ou ainda não foi tomada decisão sobre esta matéria.
O estudo, que continuará por 2021, está igualmente a analisar os efeitos da pandemia nas aprendizagens. Em alguns países foram cancelados ou adiados exames e avaliações; outros aprofundaram a matéria reduzindo as disciplinas; outros usaram as aulas ‘online’ para consolidar matéria e as aulas presenciais para apresentar matéria nova; outros ainda investiram na formação de professores e numa melhor utilização dos espaços.
Em fevereiro de 2021, apenas um terço (30%) de 33 países com dados comparáveis tinham os estabelecimentos do ensino primário abertos total ou parcialmente; um quarto (24%) desses mesmos países tinham os 2º e 3º ciclos com as escolas a funcionar; e em 9% desses foi possível ter o secundário em regime presencial.
O estudo mostrou que, independentemente da taxa de incidência da covid-19, quanto mais robusto é o sistema de ensino mais provável será haver condições para manter as escolas abertas. A Bélgica, a Inglaterra e a França estão entre os países com taxas de incidência muito altas, mas onde as escolas fecharam menos de 50 dias em 2020.
O documento revelou ainda grandes diferenças entre países como a Costa Rica ou a Colômbia com as escolas fechadas na maioria dos dias úteis entre março e dezembro de 2020 e a Dinamarca (abaixo dos 20 dias), a Alemanha ou Nova Zelândia (com pouco mais de 20 dias de escolas fechadas).
Coronavírus / Covid-19
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