Há cada vez mais crianças japonesas a recusar ir à escola. As razões são várias e passam por dificuldades de comunicação, regras muito rígidas, problemas financeiros e familiares.
O absentismo das crianças japonesas é um fenómeno que já recebeu um nome: “futoko”. A atitude japonesa em relação ao abandono escolar, de acordo com a BBC, foi sofrendo alterações ao longo dos anos.
Até 1992, a recusa em participar nas atividades escolares – então chamada tokokyoshi (resistência) – era considerada um tipo de doença mental. Em 1997 a terminologia mudou para “futoko”, um termo mais neutro e que significa “ausência”.
No ano passado, foi batido um recorde: mais de 160 mil alunos faltaram às aulas por mais de um mês. O governo japonês anunciou, segundo o Diário de Notícias, que o absentismo entre os alunos do primeiro e segundo ciclos atingiu um recorde, com 164.528 crianças ausentes por 30 dias ou mais em 2018, em comparação com as 144.031 em 2017.
As crianças recusam ir à escola, no Japão, por várias razões distintas que podem envolver problemas familiares, dificuldades de socialização, divergências com amigos ou bullying, apontou um estudo realizado pelo Ministério da Educação japonês.
Os alunos que desistiram da escola dizem que o fizeram porque não se davam bem com outros alunos ou, às vezes, com os professores. Há muitos jovens que não se sentem confortáveis com as regras rígidas impostas nas escolas do Japão que muitas vezes obrigam os alunos a pintar o cabelo de preto ou que não permitem que os estudantes usem calças justas ou casacos, mesmo em dias frios. Em algumas escolas, até a cor da roupa interior é imposta.
Além do abandono escolar, cresce ainda um outro fenómeno entre os alunos das escolas japonesas: o suicídio. Em 2018, o número de suicídios de estudantes foi o mais elevado em 30 anos, com 332 casos.
A alternativa para estas crianças são as “escolas livres” ou “escolas alternativas”, um movimento que teve início no Japão nos anos 80. No entanto, as habilitações conseguidas com este modelo escolar não é reconhecido. O número de estudantes que frequenta escolas alternativas em vez de escolas regulares aumentou ao longo dos anos, de 7.424 em 1992 para 20.346 em 2017.
E têm que pintar tudo?
E aqui se ve pelo comentario desta personagem como comeca o bullying… Triste
Faz lembrar a supremacia da raça germana…. os alemães é que eram o ser humano perfeito…. Não é de admirar que tenham sido aliados ao Hitler durante a WW2.
Essa da raça germana é boa!
Não, você pinta apenas metade do cabelo, e fica meio a meio. Fica lindo.
Pelo que sei a escola não permite a criança pintar o cabelo pois no Japão tem uma moda de pintar o cabelo meio loiro, fica meio avermelhado com isso a escola pressiona para pintar na cor original. No Brasil a escola também tem uniforme, não pode uso de boné…. e outras de regulamento acho que na maior parte essas crianças tentam chamar a atenção como qualquer adolescente que mata aula no Brasil ou em qualquer lugar
Só uma pequena explicação, por que você pelo visto não conhece… O japonês que nasce com qualquer tonalidade mais clara de cabelo é forçado a pintar de preto durante o período escolar, ou seja, desde bem criança. Quem se mantém fora do padrão é hostilizado por outros alunos e até pelo corpo docente. As tintas coloridas servem para o mesmo propósito que aqui, mas lá, até o cabelo mais claro natural é visto como fora do uniforme.
No Japão é obrigado (nas escolas) a usar o cabelo na cor natural. Meninas só podem usar amarradores de cabelo nas cores, preta, marrom ou azul marinho, não pode usar maquiagem, nem brincos ou colares.