Fernando Valente absolvido de todos os crimes. Era acusado de matar a grávida da Murtosa

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Mónica Silva ficou conhecida como a grávida da Murtosa depois de ter desaparecido a 3 de Outubro de 2023.

O Tribunal de Aveiro absolveu, esta terça-feira, Fernando Valente, o homem suspeito de ter matado Mónica Silva, a mulher grávida da Murtosa, que está desaparecida desde 2023.

No início de novembro, o Ministério Público (MP) de Aveiro deduziu acusação contra Fernando Valente, o homem que foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) por suspeita de ter matado Mónica Silva, uma mulher grávida da Murtosa (Aveiro).

O despacho de acusação, datado de 4 de novembro, imputou ao arguido a prática dos crimes de homicídio qualificado, aborto, profanação de cadáver, acesso ilegítimo e aquisição de moeda falsa para ser posta em circulação.

Esta terça-feira, Fernando Valente foi absolvido de todos os crimes.

O tribunal deu apenas como provado que o arguido se envolveu sexualmente com a vítima pelo menos uma vez e que Fernando Valente adquiriu um cartão pré-pago que colocou num telemóvel antigo, para evitar a sua localização, tendo usado o mesmo para marcar um encontro com a vítima no dia 3 de outubro de 2023.

Resultou ainda provado que naquele dia o telemóvel de Mónica ativou uma antena que abrange o apartamento do arguido na Torreira, onde a acusação diz que terá ocorrido o crime, dando ainda como provado que, nos dias seguintes, o arguido e o pai procederam a uma limpeza profunda do apartamento.

O julgamento realizado com tribunal de júri (composto por três juízes de carreira e oito jurados) decorreu à porta fechada, por decisão da juíza titular do processo, para proteger a dignidade pessoal da vítima face aos demais intervenientes envolvidos, nomeadamente os seus filhos (ambos menores).

Durante o julgamento, o arguido negou as acusações, voltando a reafirmar a sua inocência na última sessão, após as alegações finais.

O MP havia deduzido um pedido de indemnização contra o arguido, no montante global de 200 mil euros para ressarcimento dos danos causados aos filhos da vítima, cujo corpo não foi localizado até à data.

O arguido foi detido pela PJ em novembro de 2023, e, após ter sido presente a primeiro interrogatório judicial, ficou em prisão preventiva, passando um mês depois para prisão domiciliária.

ZAP // Lusa

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