O esquema da Obra Diocesana do Porto terá envolvido o nome de mortos, pessoas inventadas e “emprestadas” entre instituições para burlar a Segurança Social.
A Obra Diocesana de Promoção Social do Porto terá lesado a Segurança Social em mais de 3,3 milhões de euros. O Ministério Público acusa a instituição de vários crimes, entre os quais a falsificação do número de utentes e o uso do nome de pessoas mortas.
Em causa estará um esquema, que terá vigorado entre 2009 e 2015, com o objetivo de inflacionar o número de utentes ao cuidado da Obra Diocesana do Porto. Assim, a instituição aumentava o financiamento que recebia do Estado.
Para o fazer, explica o Jornal de Notícias, os dirigentes duplicavam utentes, usavam pessoas de outros centros sociais da instituição, inventavam utentes e até usavam nomes de pessoas que já tinham morrido. Além disso, usavam a palavra “OVNIs” para se referirem a utentes que não estavam na instituição.
Entre 2009 e 2015, terão comunicado 436 utentes falecidos à Segurança Social, tendo feito milhares de falsificações que renderam milhões à instituição.
De acordo com a acusação do Ministério Público, foi o então presidente da instituição particular de solidariedade social (IPSS), Américo Ribeiro, quem arquitetou o plano. O tesoureiro, dois vogais, uma diretora de serviço e dois funcionários terão colaborado. Nenhum dos dirigentes está atualmente na estrutura, sabe o JN.
Os arguidos tentariam ser discretos quando falavam do esquema e pressionariam os funcionários para enviar listagem adulteradas, escreve ainda o jornal.
“Perfeito conhecedor dos acordos de cooperação que celebrou com o Centro Distrital do Porto da SS, em representação da arguida Obra Diocesana, bem como da sustentabilidade da aludida IPSS, o arguido Américo Ribeiro arquitetou um plano para financiar a arguida Obra Diocesana, à custa da obtenção de comparticipações por parte da Segurança Social a que tal instituição não tinha direito”, lê-se na acusação, deduzida pela procuradora Carla Oliveira.
A instituição apoia cidadãos na velhice e na invalidez, mas também às crianças e famílias. No total são 12 centros sociais, com centros de dia, de convívio, creches, jardins de infância e apoio domiciliário, espalhados pela cidade.
Dos 3,3 milhões de euros que a Obra Diocesana do Porto lesou o Estado, cerca de 631 mil euros já foram devolvidos ou regularizados. O Ministério Público quer agora que os arguidos paguem o restante valor de 2,7 milhões de euros ao Estado.
Caramba, é demais! Já não podemos confiar nem nos padres nem nas instituições de solidariedade social! Bem diz o ditado que anda meio-mundo a enganar meio-mundo (se calhar, é mais de meio-mundo).
Que valores deixamos para o futuro?
Que exemplos damos?
O que pedimos aos mais novos?
Que pulhice… transversal!
“A religião é o ópio do povo” e isso paga-se. A igreja tem que arranjar dinheiro para tanto luxo!
“A religião é o ópio do povo” e isso paga-se. A igreja tem que arranjar dinheiro para tanto luxo! Que belos exemplos, vão-se confessar e tudo fica perdoado!!!!
A pergunta que interessa é ” Para que foi usado o dinheiro ?”
Gerir e sustentar uma instituição destas requer muito trabalho e muito dinheiro. Só quem conhece a realidade destas instituições sabe que não é facil, para não dizer impossível, ser sustentável com os apoios que dão e o que pagam os utentes. Não condeno se foi feito para ajudar quem precisa. Não é correcto mas não sou capaz de condenar. É preciso uma reflexão do nosso governo para rever e apoiar as instituições devidamente para que este tipo de casos não se passem.
Só precisamos da justiça a funcionar bem, mais nada.
Um bando de ladrões, e, o dinheiro já foi de “vela! Nunca mais o veêm!
Que pouca vergonha. “Obra Diocesana” olhem que exemplo.
Caro Sérgio, da mesma maneira que se os abusos sexuais, da parte da igreja e seus apaniguados, foi para bem das criancinhas, temos de compreender.
Ganhe juizo homem. Cresça.