O último adeus a Jorge Sampaio vai poder ser acompanhado pela população

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O ex-presidente da República, Jorge Sampaio

O cortejo e as cerimónias fúnebres de Estado do antigo Presidente da República Jorge Sampaio vão poder ser acompanhados pela população em vários momentos e locais de Lisboa, entre sábado e domingo.

O primeiro momento em que o público pode acompanhar de perto o cortejo fúnebre foi pelas 10:30 deste sábado, altura em que houve uma paragem na Praça do Município, onde foram colocados dois pendões com fotografias de Jorge Sampaio, que foi presidente da Câmara Municipal de Lisboa entre 1990 e 1995.

Na fachada do edifício da Câmara Municipal de Lisboa estão duas faixas com uma fotografia do antigo Presidente e a frase “obrigado Jorge Sampaio“.

À espera do cortejo fúnebre de Jorge Sampaio, estavam familiares (a mulher, Maria José Ritta, e os dois filhos), o atual presidente do executivo camarário, Fernando Medina, vereadores, deputados municipais, presidentes de freguesia e candidatos nas autárquicas de 26 de setembro, entre outras entidades.

Várias dezenas de populares juntaram-se também à homenagem na Praça do Município, onde se foram concentrando desde antes das 10:00 da manhã. O cortejo fúnebre deixou a Praça do Município às 10:43, quando convidados e populares ainda aplaudiam o antigo Presidente.

O cortejo seguiu para o antigo picadeiro real em Belém, depois adaptado a Museu Nacional dos Coches, e pode ser visto pela população na Rua do Arsenal, na Praça do Comércio, Avenida Ribeira das Naus, Cais do Sodré, Avenida 24 de Julho e Avenida da Índia, por onde passou a caminho da Praça Afonso de Albuquerque.

À chegada a Belém, pelas 11:00, o cortejo fúnebre foi recebido pelas três mais altas entidades do Estado: o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, e o primeiro-ministro, António Costa.

Antes da abertura da câmara ardente ao público, as três mais altas figuras do Estado acompanharam a chegada e a entrada da urna no antigo picadeiro real, depois adaptado a Museu dos Coches, junto ao Palácio de Belém, em Lisboa, juntamente com a família de Jorge Sampaio.

Coberta pela bandeira nacional, a urna com o corpo de Jorge Sampaio chegou a Belém transportada num carro funerário, do qual foi retirada por cadetes das Forças Armadas. O momento foi presenciado, em silêncio, por algumas dezenas de pessoas que se concentravam atrás das baias colocadas do outro lado da estrada.

O velório, no antigo picadeiro real, junto ao Palácio de Belém, está aberto ao público entre as 12:00 e as 23:00 de sábado.

No domingo, a saída do corpo do antigo Presidente da República para o Mosteiro dos Jerónimos, está prevista para as 10:00, com o cortejo a parar brevemente em frente ao Palácio de Belém.

A cerimónia de homenagem a Jorge Sampaio que decorrerá no interior dos Jerónimos entre as 11:00 e as 13:00 poderá ser acompanhada pela população por um ecrã gigante que será colocado no exterior do mosteiro.

Esta cerimónia contará com intervenções do primeiro-ministro, do presidente da Assembleia da República, do Presidente da República e de familiares de Jorge Sampaio e incluirá um momento cultural.

No final, o cortejo irá até ao Cemitério do Alto de São João através da Avenida da Índia, da Avenida 24 de Julho, da Avenida da Ribeira das Naus, Praça do Comércio, Avenida Infante D. Henrique, Avenida Mouzinho de Albuquerque, Praça Paiva Couceiro e Rua Morais Soares.

A chegada ao Alto de São João está prevista para as 13:30 e aí a população poderá prestar uma última homenagem a Jorge Sampaio. Terminadas as honras de Estado no Cemitério do Alto de São João, haverá uma cerimónia reservada à família.

O Governo decretou três dias de luto nacional, entre sábado e segunda-feira, pela morte do antigo Presidente da República Jorge Sampaio, e cerimónias fúnebres de Estado.

Jorge Sampaio, antigo secretário-geral do PS (1989/1992) e Presidente da República (1996/2006), morreu esta sexta-feira, aos 81 anos, no Hospital de Santa Cruz, em Lisboa, onde estava internado desde 27 de agosto, na sequência de dificuldades respiratórias.

Com um vasto percurso político e dois mandatos presidenciais considerados bem conseguidos, nos quais conviveu com quatro primeiros-ministros, Jorge Sampaio deixa no seu legado a luta pela “liberdade na igualdade”, sua principal causa e “pela qual se bateu serenamente”, considera o atual presidente da república, Marcelo Rebelo de Sousa.

Esta sexta-feira, o Conselho de Ministros Extraordinário aprovou o decreto que declara luto nacional nos dias 11, 12 e 13 de setembro em homenagem ao ex-Presidente da República e a realização das cerimónias fúnebres de Estado.

O Presidente da República também assinou o decreto que fixa o luto nacional por três dias, o que implica que “a bandeira nacional deve ser içada a meia-haste em todos os edifícios públicos” e “devendo ser cancelados ou adiados os eventos organizados ou promovidos por entidades ligadas ao Estado”.

// Lusa

5 Comments

  1. Dia 12 e 13 de setembro não são dias de luto, são dias de Nossa Senhora de Fátima. Por acaso, e só por acaso, muito alertou para os perigos do comunismo. No entanto ainda assim ninguém quer saber… Em breve surgirá um novo Sócrates e depois vem a Troika. Mas a culpa é sempre dos outros!

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