UE chama por Costa. “O salvador da esquerda europeia” tem Bruxelas a seus pés

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Tiago Petinga / Lusa

Dilema para António Costa: manter o dom da palavra ou não resistir ao irresistível?

A quase um ano das eleições europeias, continua a pairar a dúvida: irá António Costa trocar Portugal por Bruxelas?

Fonte do jornal Público, que ocupa um alto cargo no parlamento Europeu, garante que sim: “Ele vai ser o presidente do Conselho Europeu“.

De acordo com essa fonte, António Costa é visto na Europa como uma “estrela dos socialistas” e um “salvador da esquerda europeia” – tendo como prova disso ter conseguido engendrar a “geringonça”, em 2015.

Ao Expresso, um confidente do primeiro-ministro contou que Roberta Metsola – presidente do Parlamento Europeu – terá dito “a quem quis ouvir” que contam com António Costa.

“Ele tem essa oportunidade, que não parece dificilmente alcançável. Ele não se limita à máquina diplomática, faz consultas diretamente, tem jantares privados com entidades relevantes, e cada vez mais as pessoas dizem que ele tem condições”, assegurou a fonte do semanário.

A recente (e muito polémica) escala em Budapeste, para ver a final da Liga Europa ao lado de Viktor Orbán – primeiro-ministro da Hungria -, é prova disso.

Tudo vai depender do resultado das eleições europeias de 9 de junho do próximo ano.

A última sondagem do Europe Elects dá a vitória ao Partido Popular Europeu (PPE) – do qual o PSD faz parte -, com os socialistas a aparecerem na segunda posição.

Nesse cenário, o PPE manter-se-á na presidência da Comissão, ficando o Conselho e o Alto Representante para a Política Externa – atualmente liderado por Josep Borrell – para os socialistas e liberais, que surgem em terceiro lugar.

Segundo fontes do Público, há mesmo a possibilidade de António Costa substituir o espanhol Josep Borrell no cargo.

As mesmas fontes dizem não acreditar que o governante português volte a recusar um convite dos seus aliados de Bruxelas para o cargo.

Apesar dos rumores, António Costa sempre prometeu cumprir o mandato de primeiro-ministro, até ao fim da legislatura.

Em 2019, recusou o assento europeu, “em nome dos interesses do país e do PS”.

Este ano, na celebração dos 50 anos do PS, em abril, António Costa disse que “é um princípio fundamental da democracia honrar os nossos mandatos e cumprir os compromissos”.

Irá o “o salvador da esquerda europeia” manter o dom da palavra e ficar no Governo, ou irá António Costa ceder à pressão e não resistir ao irresistível assento europeu?

Miguel Esteves, ZAP //

19 Comments

  1. Como é possível eleger uma personagem que enterrou o seu próprio país ?? Não dá para entender, isto é tudo politica, quem sustenta estas situações a nível nacional e Europeu são os contribuintes que pagam impostos e mais impostos, taxas e taxinhas que até mete dó.
    Fazem negócios PESSIMOS, quem paga milhões são sempre os mesmos.
    O povo ainda não aprendeu que devem e têm de contestar e levar á Justiça (não comprada) quem prejudica os país e os cidadãos.

    • Para eles o Antonio Costa é bom porque consegue enriquecer os Amigos Políticos, dirigir um Pais cheio de corruptos , aumentar a Riqueza dos Parasitas em Bruxelas á conta da Miséria do Povo do seu Pais, para o Parlamento Europeu só interessa é que ela possa encher os Bolsos aos Governantes. Mas alguém acredita que no Parlamento Europeu alguém se preocupa com o Povo Português ou com o Povo de qualquer outro Pai?

  2. Para começar acho que deve pagar a viagem à Hungria. Depois deste ponto resolvido, acho que deve emigrar e levar com ele os restantes incompetentes do atual governo. Boa sorte, que já vai tarde! O país agradece… que se vá embora.
    O problema das democracias atuais é este: a incompetência vai longe.

  3. Como é que podem fazer um titulo destes á cerca de um dos maiores trafulhas que governou Portugal? O país está na bancarrota, estamos mais pobres do que nunca, os nossos jovens fogem a sete pés, os traficantes, bandidos e ladrões de todo o mundo actuam no nosso país com total impunidade, estamos no lodo, e como, como é possível uma parangona destas?!!!!!! A imprensa sempre a fazer propaganda a um governo miserável e nem se compreende porquê!!

    • O país está na bancarrota? A sério?
      E como é que ainda nos conseguimos financiar no mercado de dívida com taxas inferiores à Espanha, Itália, Bélgica, etc?
      Os investidores não são estúpidos! Se o país estivesse a caminhar para a bancarrota os investidores, ou não compravam a nossa dívida, ou tinhamos de pagar taxas insuportáveis o que obrigaria a novo resgate como em 2011.
      Acho que anda mal informada. Recomendo-lhe que se informe melhor sobre a evolução da nossa dívida.
      Pelos vistos vai ficar surpreendida.
      Se não vejamos: em 2015 a dívida pública em % do PIB era de 131,2%, em 2022 foi de 113,9% e a previsão para o corrente ano é de 110,8%. E para 2025 aponta-se para um racio inferior a 100%.
      Compare com outros países e veja quem é que está na “bancarrota”.
      Já nem falo nos défices públicos porque estes têm vindo a reduzir-se drasticamente e para 2023 até se perspectiva um pequeno excedente.
      Afinal em que é que ficamos?

      • Caríssimo,

        A importância ou o problema da dívida não é o seu rácio ao PIB, mas em termos absolutos. O PIB tem subido, muito graças ao turismo, mas todos sabemos que isso pode mudar e drasticamente, a qualquer momento.

        Já a dívida e em termos de valores absolutos, continua a subir, ano a ano. Porquê? Porque temos um governo que não consegue controlar a despesa pública, apesar da receita fiscal bater recordes ano a ano. Cada vez pagamos mais impostos, taxas e taxinhas, mas para além disso, a dívida continua a crescer, a crescer e a crescer ainda mais, porque o estado gasta cada vez mais, de forma completamente descontrolada.

        Preocupem-se mais em reduzir a carga fiscal e a despesa pública, além de criar condições para o investimento estrangeiro, tal como a Irlanda fez, de forma a serem criadas mais empresas, melhor emprego e melhores condições de vida para todos. Isso sim, reduziria a dívida pública e a necessidade de endividamento.

  4. Penso que este Kosta se adequa perfeitamente a comandar o PE. Os gajos que lá estão são uma nulidade e ele é outra.
    Logo, entendem-se bem. O único problema é que a maior parte dos países da UE têm governos de direita. Logo, não vão querer este Kosta…coitado, tanto trabalho para nada. Para Portugal era óptimo, livrava-mo-nos deste incompetente.

    • Não é para o PE mas sim para o Conselho Europeu.
      O presidente do PE tudo aponta para que continue a ser indicado pelo PPE. Mas só o resultado das europeias é que permitirá tirar conclusões.

  5. Mais importante que o tema são os comentadores, e os comentários revelam a qualidade de quem os produz!
    Lamentável o nível e o preconceito revelados! Que venha o Passos alegrar estes espíritos saudosos e venerandos…
    Sem concordar com Costa em muitos aspectos, reconheço capacidades e visão que lhe dão reconhecimento internacional. Também Mário Soares foi desvalorizado e condenado, como se tratasse dum Salazar qualquer! Não há politicos impolutos, mas há politicos relevantes! Vejam o que a História reserva para Cavacos e quejandos…

  6. Normalidade vinda de uma pessoa que se tivesse vergonha tinha-se demitido quando perderam as eleições no pais dela que virou a direita (Itália) por só pode ser anedota…. esperem pelas eleições europeias

  7. Como é possível? Um Costa que além das sua ligações perigosas, gasta o dinheiro dos contribuintes sem medida e sufoca o país inteiro com o maior aumento de impostos de sempre.

  8. É por estas e por outras que ninguém quer saber da Europa para nada. Nas eleições europeias ninguém lá vai. Metam lá antes o Cabrita ou o Galamba.

  9. Já se sabia disto há muito tempo mas os portugueses continuam mais preocupados com o futebol.
    Há muito tempo que o parlamento europeu é ninho de corrupção portanto não admira que Costa tenha lá lugar. Marcelo não tirou o tapete a Costa para não lhe sujar a imagem.

  10. Até dá dó estes comentadores da treta que têm memória curta. Deviam ter continuado a levar com o Sr. Passos até à data de hoje, que seguramente não falavam assim!

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