António Costa fez escala em Budapeste, num avião da Força Aérea, para ver um jogo de futebol ao lado de Viktor Orbán. André Ventura acusa-o de “hipocrisia política e imoralidade”. Paulo Raimundo diz que “não é normal”. Marcelo Rebelo de Sousa não vê “nenhum problema específico”. José Mourinho perdeu.
O presidente do Chega acusou este sábado o primeiro-ministro de “hipocrisia política e imoralidade” por parar em Budapeste quando viajava num avião da Força Aérea e ter visto um jogo de futebol ao lado de Viktor Orbán, sem que o evento tivesse sido colocado em agenda.
“Querer estar com José Mourinho e apoiar um treinador português, um jogador português, uma equipa portuguesa é sempre louvável, mas António Costa não colocou na agenda pública que ali estaria”, disse André Ventura.
Isto significa que, “de alguma forma, um equipamento do Estado foi utilizado para finalidades que, não sendo secretas, foram mais privadas do que políticas ou públicas”, acrescentou, defendendo que “os equipamentos do Estado, suportados pelo erário público e pelo contribuinte, não devem ser utilizados desta forma”.
Ventura comentava a notícia avançada pelo Observador de que o primeiro-ministro fez, a 31 de maio, uma escala em Budapeste, onde assistiu ao lado do primeiro-ministro da Hungria à final da Liga Europa entre o Sevilha e a Roma, orientada pelo treinador português.
“É uma tremenda hipocrisia política e uma tremenda imoralidade. Pode constituir uma irregularidade, eventualmente até uma ilegalidade, mas, sobretudo, uma enorme imoralidade”, considerou Ventura.
“Igualmente lamentável, mas que mostra o tipo de hipocrisia política a que estamos habituados, é o uso de todos os meios para ganhar apoio político na Europa”, afirmou Ventura, apontando que Costa “parece estar mais preocupado com a campanha europeia, com o seu próximo lugar, do que com gerir Portugal”.
O líder do Chega realçou que António Costa critica as políticas do primeiro-ministro da Hungria, mas “mesmo assim não se inibe de ir ter com o primeiro-ministro húngaro para eventualmente ter o seu apoio”.
“Não é normal” vs “nenhum problema”
Instado a comentar a notícia do Observador, Paulo Raimundo considerou que “não é normal”, mas que a situação deve ser esclarecida. “Tem de ser esclarecida pelo primeiro-ministro, naturalmente”, defendeu o secretário-geral do PCP. “Não é normal, mas todos os problemas do país fossem esses”.
Sobre a eventual vontade do líder do executivo de assumir um cargo europeu, Paulo Raimundo afirmou que “essa campanha eventualmente estar a andar ou não estar a andar é aquilo que menos preocupa os portugueses“.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse por seu turno não ver qualquer “problema político específico” na escala do primeiro-ministro na Hungria,
“A Hungria é um estado da União Europeia. Viktor Orbán é um primeiro-ministro da União Europeia. Podemos concordar ou discordar dele nas migrações, na política económica e social e em muita coisa, mas faz parte do grupo de países que são nossos aliados naturais na UE“, disse Marcelo Rebelo de Sousa.
“O facto de no caminho ter feito uma escala ou ter parado durante uma hora e meia ou duas horas para dar apoio a um português e ver um jogo de futebol, francamente não vejo que politicamente haja qualquer problema específico”, acrescentou.
Na sexta-feira, o Presidente da República tinha já adiantado que o primeiro-ministro o tinha informado da escala em Budapeste.
Questionado sobre se a paragem não deveria constar da agenda pública do primeiro-ministro, remeteu a pergunta para António Costa, mas mostrou-se convencido de que se tratou de uma decisão de “última hora”.
“Acho que decidiu à ultima hora. Veio a uma audiência e saiu diretamente para a Moldova. Tenho impressão que lhe deve ter ocorrido que calhava no caminho, era preciso fazer uma escala técnica e aproveitou para ver o futebol“, sublinhou.
O jogo terminou empatado, a Roma de José Mourinho perdeu nos penalties, o técnico português lançou afirmações polémicas sobre a arbitragem. A controvérsia saltou para as bancadas, e foi a prolongamento duas semanas depois.
ZAP // Lusa
Chamem o SIS! Que bandalheira…
Quero o Calvin para ver uns jogos nas Seychelles… Com tudo pago para o mês de agosto!
Senão vou chamar o SIS.
Se fosse o «leader» do PSD, já sabemos o que é que o esperava: fascista, traidor, filho daquela, etc.,
Orban é o único governante europeu que se preocupa com o facto da Europa se ter tornado num vassalo dos EUA…
Está bem ó melga…
É também o único representante da Rússia no parlamento europeu
O jose mourinho perdeu…
Um dia destes faz uma tournet à pala dos impostos dos portugueses e também não tem importância nenhuma. Não há limites para a miopia de PS que não pára de esbanjar os nossos impostos seja com pequenas ou grandes coisas.
A questão é a seguinte: A paragem teve custos acrescidos para a deslocação prevista? Se sim, o PM António Costa deve pagar esses custos do seu bolso. Se não, siga em frente que existem problemas muito mais graves, com que os Portugueses têm de lidar diariamente e que devem ter primazia na discussão pública.
Concordo plenamente
O PM tem de explicar o que andou a fazer com o nosso dinheiro. E ainda por cima a falar com um sócio do Ventura. Então o Ventura não presta e depois vai reunir com um fascista estrangeiro para ver a bola?! Ora f$%#-#$
Tenham calma ! ….é só mais un “Casinho” para distrair a malta !